terça-feira, julho 10, 2007

Há sempre alguma carta na manga.


A FDO, beneficiária de um tratamento de excelência por parte da maioria PSD -sabe-se lá porquê-, teve a intenção de demolir as paredes do Hotel Lisbonense, cuja recuperação foi pressuposto para a aprovação do complexo comercial no coração da cidade. A FDO quis, mas a intervenção do PS, inviabilizou. O anúncio do Presidente na Assembleia Municipal foi claro: a FDO manterá as paredes. O alívio perante a indignidade de alterar as regras do jogo a meio, não cumprindo o pressuposto da aprovação, foi gratuito. Afinal, como sempre nas Caldas e com a actual maioria, há sempre alguma coisa escondida. Afinal, a atitude responsável da FDO, de cumprir na íntegra o projecto aprovado, trazia água no bico. Afinal, mantêm-se as paredes. Afinal, elas aguentam e há solução técnica para a sua prerservação, mas propõe-se mais um piso, mais volumetria, um hotel de quatro estrelas e mais quartos. A ideia de uma oferta hoteleira mais qualificada e com mais quartos agrada-me, mas serão necessários tantos jogos, silêncios, omissões e conivências para que a verdadeira vontade da FDO venha à tona, como o azeite em água. Será necessário, nunca se jogar limpo, com clareza e com regras que sejam do conhecimento de todos. É esta a triste sina das Caldas com a maioria PSD, pouca clareza e sinuosos caminhos até ao final dos processos. A questão coloca-se e está para deliberação na próxima segunda: mantém-se a ideia inicial de recuperação do Hotel Lisbonense, com a actual volumetria e um Hotel de três estrelas ou evolui-se para uma solução de manter as actuais paredes, colocando mais um piso e elevando o hotel para o patamar das quatro estrelas ?

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