sexta-feira, maio 29, 2009

INAG cumpre o que sempre esteve previsto!

É justo reconhecer que o INAG cumpriu o calendário e as soluções que sempre estiveram em cima da mesa nas conversas mantidas com a Junta de Freguesia da Foz do Arelho e a Câmara Municipal de Caldas da Rainha.Pode não ser a intervenção estrutural que a Lagoa de Óbidos e a Foz do Arelho sempre desejaram para assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas e a salvaguarda dos usos humanos, mas o INAG cumpriu o calendário da intervenção de urgência para salvaguardar a época balnear.
(Agência Lusa)
O Instituto Nacional da Água (INAG) vai avançar com obras de reposicionamento da “aberta” da Lagoa de Óbidos na próxima segunda-feira mas as Câmaras das Caldas da Rainha e Óbidos consideram a intervenção insuficiente.
“Esperava uma obra de maior profundidade e que nos desse mais garantias” disse à Lusa Fernando Horta, presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, depois de a Comissão de Acompanhamento da Lagoa de Óbidos ter informado os autarcas da decisão do INAG.
A intervenção prevê a retirada de cerca de 30 mil metros cúbicos de areia da zona da “aberta” e a sua colocação na praia que com a deslocalização para Norte do canal que liga a Lagoa ao mar ficou reduzida comprometendo a época balnear.
“Preferia uma dragagem que permitisse repor o cordão dunar” admite Fernando Horta, sustentando que “a quantidade de areia que vão retirar não acrescenta nada à praia” apesar de permitir que “a troca de águas se faça com maior fluidez”.
Num comunicado conjunto das Câmaras de Óbidos, Caldas da Rainha e juntas de freguesia da Foz do Arelho, Nadadouro, Santa Maria e Vau consideram “urgente” a intervenção que vêm reivindicando há vários meses mas garantem continuar a exigir ao Ministério do Ambiente a realização de “obras de desassoreamento antes da data anunciada” ou seja, 2011.
Os autarcas defendem obras “de maior dimensão, com abertura de um canal e reposição de areias nas duas margens da Lagoa, de forma a garantir uma melhor época balnear” e reafirmam que a possibilidade de poderem realizar intervenções em permanência, com a colocação de pequenas dragas na Lagoa “deveria ser avaliada como uma solução mais duradoura, que evitaria os longos e complexos processos de adjudicação”.
Os eleitos pelo PS dos concelhos das Caldas da Rainha e Óbidos reagiram ao anúncio quinta-feira à noite numa conferência de imprensa conjunta em que se congratularam com decisão do INAG e avançaram a proposta de criação de um Gabinete de Gestão integrada da Lagoa de Óbidos (GILÓ) “que ficaria responsável pela gestão da Lagoa”.
“Não tem existido uma gestão eficaz da Lagoa de Óbidos” afirma José Machado (Vereador da Câmara de Óbidos) citando um documento em que os socialistas criticam a falta de “articulação entre todos os que deviam ser parte da solução”.
Os socialistas vão propor às autarquias a criação da entidade que “deverá ter o indispensável apoio científico e técnico”, uma comissão executiva integrando a administração Central e os municípios de Caldas e Óbidos e um conselho consultivo onde estariam representadas as actividades económicas, sociais e desportivas ligadas à lagoa, entidades ambientalistas e as Juntas de Freguesia de Foz do Arelho, Nadadouro, Santa Maria e Vau.
(Mail do Senhor Presidente do INAG enviado a 14 de Maio para Dep.António Galamba)
"A Lagoa de Óbidos, ao contrário do que se vai dizendo e escrevendo, tem estado permanentemente na agenda do INAG, de que são exemplos as intervenções de requalificação em fase de conclusão, e a estruturação da intervenção de fundo (dragagens) cujo EIA foi concluído e de que foi feita recentemente apresentação pública na Foz do Arelho, seguindo-se as fases de projecto e posterior empreitada.

Tudo está a decorrer conforme o planeado e nunca se teve de forma tão evidente e tão próximo de concretizar as dragagens de fundo, já que pela primeira vez também estão assegurados os meios financeiros para esta intervenção e a respectiva candidatura ao QREN.

Temos mantido como principio, e não abdicaremos desta postura, que as intervenções serão sempre feitas, não a pedido,(têm sido várias as soluções apresentadas pelos autarcas, incluindo a draga permanente) mas baseadas em fundamentação técnica e científica, e por isso temos nestes processos a colaboração do LNEC.

No final de 2008 ocorreu de forma natural a migração da aberta para norte, podendo colocar em risco a margem e o emissário. De acordo com a proposta do LNEC preparou-se um concurso para eventual colocação de sacos de areia, única forma de minimizar a situação.

Em reunião (Janeiro) com o Sr. Presidente da C.M. das Caldas da Rainha, Presidente de Junta da Foz do Arelho, Águas do Oeste e ARH, foi acordado nessa altura o seguinte:

1- A resolução/minimização do problema da Lagoa passa pela concretização intervenção que está projectada e foi apresentada aos municípios. Alterações pontuais ao projecto, incluindo a deposição dos dragados, seriam equacionados na conclusão do EIA e que se faria uma apresentação publica na Foz do Arelho ( Foi feita no dia 27 de Março, com técnicos do INAG e autarquias e está concluída a discussão pública)

2- A colocação dos sacos só se faria em situação de rico eminente.

3- O INAG e as Águas do Oeste fariam uma monitorização da evolução da aberta para controlo do risco.

4- Águas do Oeste fariam uma consulta específica ao LNEC para estudar uma solução a médio prazo para a protecção do emissário junto ao cais.

5- No mês de Maio, antes da época balnear se equacionaria (com base em relatório técnico do LNEC) a eventual reposicionamento da aberta.

No dia 12 de Maio, e na sequência de declarações públicas do Sr. Presidente da CM Caldas da Rainha, que estaria eminente o fecho da Lagoa e um consequente desastre Ambiental, desloquei-me à Lagoa, com técnicos do INAG e do LNEC, e na presença do Sr. Presidente da Câmara e da Junta da Foz do Arelho, transmiti o seguinte:

a) Que conforme o acordado em Janeiro estávamos a ponderar com o LNEC a necessidade do reposicionamento da aberta da Lagoa.
b) Que o LNEC de acordo com os dados de monitorização garantia que a Lagoa não iria fechar e por isso não estaria eminente um desastre ambiental.
C) Que o INAG durante esta semana iria de barco, proceder ao levantamento topográfico.
d) Que o LNEC iria fazer uma análise da informação recolhida na monitorização, e estudar a amplitudes das marés.
e) Com base nestes dados e da análise técnica, dois cenários se colocariam a curto prazo: i- não fazer nenhuma intervenção na aberta
ii- fazer uma intervenção de reposicionamento e de pequenas dragagens com meios mecânicos, de forma a melhorar as condições balneares e a melhorar a circulação da água, já que há pequenos indícios de eutrofização.

Transmiti que esta decisão ocorreria nas próximas semanas, e a fazer-se uma intervenção ela seria concluída antes do início da época balnear, e que oportunamente informaríamos os autarcas.

Dos contactos que temos mantido com IPIMAR tem havido efectivamente uma degradação da qualidade da água. Está agendada amanhã reunião técnica no INAG par aprofundar este assunto.

Também hoje mesmo, antes de receber este seu documento, voltei a ter uma reunião na Lagoa, com técnicos do INAG e com especialistas em meios mecânicos, para equacionar a eventual intervenção. Falei hoje por telefone com Presidente da Câmara, no sentido de confirmar o período balnear, tendo sido acordado que a haver uma intervenção ela se fará nos dias de semana até dia 12 de Junho.

Ontem em despacho com o ministro Nunes Correia, abordamos este assunto, e informei que provavelmente, mas ainda pendente dos pareceres do LNEC e do IPIMAR, iremos fazer o reposicionamento de uma nova aberta um pouco mais para Sul, e uma transferência de areias do muro guia, e melhorar as condições do areal para a prática balnear em segurança.(Tudo isto só será decidido definitivamente com a concordância dos referidos pareceres, e resultados do levantamentos)".

Pergunta ao Governo sobre Habitação e Reabilitação


PERGUNTA AO GOVERNO

Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional


A gestão municipal de Caldas da Rainha tem aversão aos instrumentos de planeamento e de ordenamento do território.
O Plano Director Municipal de Caldas da Rainha foi aprovado pela Assembleia Municipal em 22 de Março de 2002; pelo Conselho de Ministros em 23 de Maio de 2002 e entrou em vigor em 19 de Junho de 2002; portanto, há 9 anos. As Caldas da Rainha foram dos últimos Municípios do País a ter PDM.
O Plano de Pormenor do Centro Histórico das Caldas da Rainha foi adjudicado em Janeiro de 2002; portanto há mais de 7 anos, sem fim à vista.
Nenhum Plano de Pormenor previsto no PDM, em vigor desde 2002, está concluído.
Na próxima Segunda, dia 1 de Junho de 2009, o Governo assina acordos de colaboração e contratos de financiamento para Habitação e Reabilitação com 114 Municípios. São 700 milhões de euros, para 20.000 fogos, nos anos de 2009 a 2011. Na ocasião será assinado um conjunto de 51 acordos de colaboração no âmbito do PROHABITA, para 6640 fogos, num investimento de 181.530.339€, com comparticipação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana; e de 26 Contratos de financiamento para habitação a custos controlados, para 3.007 fogos, num investimento global de 48.341.997€, com comparticipação do IHRU de 22.698.644 €.
No quadro da NUTIII Oeste, nos territórios em que o Município de Caldas da Rainha e no Oeste se integra, promoverão habitação no âmbito do PROHABITA e da construção a custos controlados os Municípios de Alcobaça, de Arruda dos Vinhos, de Óbidos, de Peniche, de Cadaval e de Torres Vedras. Olhando para o território do Oeste, ressalta a ausência do Município de Caldas da Rainha do universo global dos municípios integrados nos projectos de promoção de habitação e de reabilitação.
Face ao exposto, considerando a indisfarçável degradação do parque habitacional do Centro Histórico de Caldas da Rainha, considerando ainda a existência de núcleos urbanos nas 16 Freguesias que poderiam ser objecto de projectos de reabilitação, considerando por último a existência de dois pólos de habitação social no município, nos termos regimentais e constitucionais, pergunta-se ao MINISTÉRIO DA DO AMBIENTE, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional o seguinte:
1) Em algum momento da fase de candidatura o Município de Caldas da Rainha, através da Câmara Municipal, manifestou interesse em aceder aos programas apresentados para reabilitação, por exemplo, da habitação social existente na Freguesia de Santo Onofre ou na Freguesia de Tornada ?

2) Em algum momento o Município de Caldas da Rainha manifestou vontade em participar no esforço de construção de habitação a custos controlados agora concretizado pelo Governo ?


Deputado António Galamba

HABITAÇÃO E REABILITAÇÃO: E as Caldas ficam de fora !


Na próxima Segunda, dia 1 de Junho, o Governo assina acordos de colabroação e contratos de financiamento para Habitação e Reabilitação com 114 Municípios. São 700 milhões de euros, para 20.000 fogos, nos anos de 2009 a 2011, à volta do Município de Caldas da Rainha e no Oeste promoverão habitação no âmbito do PROHABITA e da construção a custos controlados os seguintes Municípios: Alcobaça, Arruda dos Vinhos, Óbidos,Peniche, Cadaval e Torres Vedras. É claro que nas Caldas não há revolta por sermos um dos poucos que ficam de fora dos projectos de habitação e de reabilitação, por inacção certamente. Eu indigno-me por continuarmos a perder pela estreiteza de visão de uma gestão autárquica esgotada.

quinta-feira, maio 28, 2009

A 7 de Junho, VOTE PS !


Por uma Europa mais justa, colocando
As Pessoas em Primeiro Lugar


Atravessamos tempos difíceis, que nos apresentam novos desafios. Uma crise financeira sem precedentes trouxe-nos uma grave recessão económica, desemprego e receio do futuro. Simultaneamente, continuamos a enfrentar ameaças à nossa segurança, como o terrorismo e a criminalidade. Por último, agravam-se os riscos ligados à segurança energética e às alterações climáticas.
Num mundo cada vez mais globalizado, nenhum país con segue resolver os seus problemas agindo sozinho. A crise financeira e a crise económica mostram que aquilo que acontece do outro lado do mundo pode ter um efeito devastador no nosso bairro.
Uma acção concertada, por parte da Europa, é fundamental para lidar com a recessão e as suas consequências sociais.
Só a UE permite aos países que a integram combater eficazmente as ameaças de carácter global. Precisamos de uma cooperação mais activa na Europa, para enfrentar os desafios comuns e melhorar a vida dos cidadãos. Durante os últimos cinco anos, os partidos conservadores governaram a maior parte dos países da UE e tiveram a hegemonia nas instituições europeias, não tendo prevenido a crise financeira, nem combatido decididamente a pobreza e as desigualdades, nem apoiado as nossas iniciativas de criação de mais e melhores empregos. Preferiram seguir as leis dum mercado cada vez mais desregulado.. Mas nós, socialistas, seguimos os nossos valores de sempre.

Acreditamos que a Europa precisa de um novo rumo progressista, baseado não apenas nos valores da liberdade, da democracia e da justiça, mas também da igualdade de oportunidades, na garantia de condições mínimas de acesso de todos os cidadãos aos serviços públicos, nomeadamente de saúde e educação, e da solidariedade. Precisamos de uma Europa mais justa, mais segura, mais sustentável e mais próspera, onde “As Pessoas Estão Primeiro”.


Como partido da esquerda democrática, entendemos que a UE não deve ser somente um mercado eficiente, mas também um espaço de progresso e de justiça social, de liberdade, segurança e justiça, de igualdade e de luta contra as discriminações, de cidadania e participação democrática, de cultura e de desenvolvimento das artes, de aposta no desenvolvimento sustentável e na luta contra as alterações climáticas, de cooperação para a paz e para o desenvolvimento mundial.

É nesta conjuntura de crise mundial que o calendário oferece aos portugueses, nos próximos meses, três diferentes momentos eleitorais, começando pelas eleições europeias.
Votar é um direito, o direito de todos elegerem os seus representantes no Parlamento Europeu, escolherem as opções políticas para a Europa, definirem o que melhor serve os cidadãos e, no caso dos eleitores portugueses, o que melhor serve os interesses dos portugueses e de Portugal na UE.
Ninguém pode iludir os eleitores sobre o alcance das eleições europeias. Há um momento para escolher as políticas nacionais nas eleições para a Assembleia da República; há outro momento para escolher os nossos governantes locais nas eleições locais; mas, primeiro, teremos de nos pronunciar sobre a Europa e escolher os nossos representantes no Parlamento Europeu.
Tal como a União Europeia constitui hoje o quadro essencial da nossa vida colectiva, como europeus e como portugueses, assim o Parlamento Europeu assume hoje um papel essencial na definição das opções políticas da União, na aprovação das leis europeias (as quais determinam cerca de setenta por cento da legislação nacional), na fiscalização da Comissão e do Conselho, etc. Com o Tratado de Lisboa, o Parlamento Europeu verá fortemente aumentados os seus poderes.
Por isso, as eleições para o Parlamento Europeu são tão importantes para a UE como as eleições para a Assembleia da República são decisivas para a governação do País. Está nas mãos dos cidadãos europeus escolher o seu futuro.

O Partido Socialista foi essencial para garantir a vitória da Democracia após o 25 de Abril.
É o partido que, em Portugal, mais sustentadamente tem apresentado, defendido e implementado todas as medidas e leis que garantem o progresso social dos portugueses (desde o Serviço Nacional de Saúde ao Rendimento Social de Inserção). E é também o partido que, desde o primeiro minuto até hoje, se tem batido pela integração europeia e pelo projecto europeu, sem hesitações, dúvidas ou má-fé.
O registo do que fizemos pela nossa integração na Europa é incontestável. Os portugueses sabem que foram os socialistas que, desde o primeiro momento, defenderam e negociaram a integração europeia, com Mário Soares. Foi o Governo de António Guterres que concluiu a nossa adesão ao Euro e que deu à Europa a “Estratégia de Lisboa”, ainda hoje uma referência das políticas europeias de desenvolvimento. Foi na recente presidência portuguesa, com José Sócrates, que pudemos concluir e assinar o Tratado de Lisboa. No Governo ou na oposição, o PS sempre defendeu e promoveu o projecto europeu.
Sabem ainda os portugueses que, na Europa, estamos integrados na grande família europeia do Partido Socialista Europeu. No Parlamento Europeu, o Grupo Político do PSE constitui, juntamente com o Partido Popular Europeu (direita), um dos dois pilares políticos da UE. Pelo posicionamento ideológico e pela responsabilidade histórica, o PSE exerce forte influência nas decisões e na vida do PE, mesmo quando não tem a maioria, como sucedeu na legislatura agora finda.

Grande parte das propostas de regulação dos mercados financeiros, hoje precipitadamente aceites, foram detalhadamente preparadas, propostas (e recusadas pela maioria liberal) bem antes de a crise estar consumada; temas como o acesso a serviços públicos mínimos essenciais, os direitos dos trabalhadores, os direitos das mulheres, o multilateralismo nas negociações internacionais, a ajuda ao desenvolvimento ou as negociações climáticas, ilustram temas caros aos socialistas.
As próximas eleições são uma oportunidade única de, no cenário actual dominado pela globalização e pela crise, alterar a relação de forças políticas nas instituições europeias reforçando a posição do PSE no PE. Tal como sucede a nível nacional, a disputa política fundamental na UE trava-se entre a direita política representada no PPE e a esquerda democrática representada no PSE. Mais ainda do que a nível nacional, as esquerdas anti-sistémicas não constituem uma alternativa, tanto mais que não conseguem esconder a sua hostilidade à própria União Europeia.

MAIS EUROPA, MAIS PORTUGAL NA EUROPA
Doze prioridades políticas para a Europa
Na próxima legislatura do PE (2009-2013), as prioridades políticas da UE, sob uma perspectiva progressista são as seguintes:


1.Relançar a economia, defender e promover o emprego;
2.Regular o sistema financeiro e prevenir novas crises;
3.Construir uma nova Europa Social;
4.Liderar o combate às alterações climáticas e concretizar uma Política Energética
Comum;
5.Aplicar a Estratégia Marítima Integrada Europeia;
6.Reorientar a PAC e a Política Comum de Pescas;
7.Definir uma nova Estratégia para as Regiões Ultraperiféricas;
8.Aprofundar o espaço europeu de liberdade, segurança e justiça;
9.Efectivar a igualdade de género;
10.Adoptar uma política de imigração eficaz e justa;
11.Reforçar o papel da UE no mundo;
12.Reafirmar a cidadania europeia, aplicando a nova arquitectura institucional.

1. RELANÇAR A ECONOMIA,DEFENDER E PROMOVER O EMPREGO

A União Europeia deve apostar fortemente nas políticas de investimento e de criação de emprego, em especial no domínio das energias alternativas, das redes transeuropeias de transportes, de energia e de telecomunicações, da investigação e da ciência. É essencial revalorizar o papel do investimento público e o apoio da UE ao investimento.
A aplicação determinada da Estratégia de Lisboa – que a direita europeia desvalorizou – focada agora na ligação da inovação às pessoas através da qualificação e do empreendedorismo, na criatividade, no talento e no desenvolvimento de redes competitivas, fará da Europa a mais dinâmica e competitiva economia do mundo com base no conhecimento em sectores críticos como as energias renováveis, as redes de nova geração, a logística ou os transportes, criando condições para a retoma dum crescimento sustentável, gerador de mais e melhores empregos e de maior coesão social.
Os socialistas há muito defendem a necessidade de uma estreita coordenação das políticas económicas nacionais que constituam um mínimo de governação económica europeia, sem a qual o mercado interno carecerá de consistência. Assim se reforçará a componente económica da União Económica e Monetária, a par com a criação de instâncias europeias de regulação e supervisão que evitem abusos de posição dominante em mercados estratégicos e de bens e serviços essenciais, em particular no contexto dos mercados financeiros.

2. REGULAR O SISTEMA FINANCEIRO E PREVENIR NOVAS CRISES


Esta crise económica e financeira é a mais grave desde os anos 1930. Colocou a economia europeia, mesmo a dos seus membros economicamente mais robustos (nomeadamente a Alemanha) em recessão, gerou níveis de desemprego incomportáveis (a previsão é de 26,5 milhões de desempregados em 2010), atingindo empresas e famílias, e está a destruir de modo avassalador a base produtiva e social da Europa. Veio juntar-se a uma emergência energética e climática global e agravar a miséria nos países em desenvolvimento, sobrepondo-se à insegurança alimentar e a outras crises humanitárias.
Recusamo-nos a assistir a esta realidade de forma passiva. A Europa e o mundo precisam de um novo rumo na regulação dos mercados financeiros. Apesar de o Euro ter desempenhado um papel decisivo na protecção das economias europeias, precisamos de trabalhar de forma mais profunda na reforma dos mercados financeiros e da sua regulação e supervisão, combater a estagnação e relançar a economia de forma sustentável, criando novos empregos.
O descalabro dos mercados financeiros revelou a verdadeira importância da cooperação europeia, bem como de um posicionamento europeu estratégico e claro no quadro da cooperação, quer transatlântica, quer internacional (G20, FMI, etc.). A acção coordenada da UE tem sido importante para evitar maiores danos nas poupanças dos cidadãos europeus, nas suas pensões e nas suas casas. Mas a crise revelou as graves imperfeições e insuficiências na regulação e supervisão dos mercados ainda existentes dentro do espaço europeu e internacional; tais lacunas necessitam de ser resolvidas para evitar que crises deste teor se repitam no futuro. Todos os actores financeiros devem ter responsabilidades claras quando operam nos nossos países. É preciso garantir que os mercados financeiros servem a economia real, a criação de emprego e o crescimento económico.
No entanto, o relançamento - assente em novas bases - dos mercados financeiros, não
basta para revitalizar a economia real; importa que o relançamento económico europeu seja bastante mais do que o mero somatório dos programas de relançamento individuais dos diversos países membros, naturalmente reflectindo dramáticas divergências na respectiva capacidade de resposta. A Europa tem de saber responder aos seus cidadãos com iniciativas horizontais e abrangentes, nomeadamente as relativas ao emprego e investimento, dando corpo à Estratégia de Lisboa e reforçando os meios financeiros disponíveis, quer pela revisão orçamental, quer através de instrumentos inovadores como as “euro-obrigações” (eurobonds).
A aplicação, durante o mandato que se vai iniciar, da Directiva dos Serviços, vai alargar muito significativamente o mercado interno. A sua implementação em cada Estado- Membro deve, em linha com o texto final da Directiva, garantir uma competição justa, com a salvaguarda dos direitos sociais.
As empresas da economia social não devem sofrer qualquer discriminação negativa no que concerne a apoios europeus. Devem ser encorajadas, até porque são empresas que se caracterizam pela não deslocalização, cujos resultados financeiros são orientados para o investimento e para a sua sustentabilidade.

3. CONSTRUIR UMA NOVA EUROPA SOCIAL

Valores como a segurança social, cuidados de saúde assegurados, qualidade de vida, direitos laborais e um ambiente limpo e seguro são inquestionáveis para os europeus e constituem, a par de alguns outros, uma enorme mais-valia para Europa.
Porém, o neoliberalismo, o império de mercado e a competição fiscal ameaçam os serviços públicos sociais. A globalização trouxe novas desigualdades e uma forte pressão que ameaça criar novas divisões sociais no nosso continente: entre crianças de famílias pobres ou ricas; entre os que têm empregos precários e baixos salários e os que têm bons empregos; entre os pouco qualificados e os que recebem todos os níveis de educação e preparação; entre os que têm ou não acesso à Internet; entre homens e mulheres. É interminável a lista de novas desigualdades que ameaçam a nossa qualidade de vida e o desenvolvimento na Europa.
Importa assegurar a sustentabilidade dos serviços públicos e do “modelo social europeu”, bem como promover as políticas que protejam os que estão mais vulneráveis perante a crise económica.
A Europa não é uma Sociedade de Mercado, mas uma Economia Social de Mercado. Os Direitos Sociais Fundamentais têm de ser assegurados, incluindo o direito à negociação colectiva e os direitos sindicais, antes mesmo da liberdade económica ou do merca-
do único. A liberdade de circulação do trabalho, incluindo a deslocalização de trabal-
hadores, tem de se basear no princípio de salário igual para trabalho igual, em iguais
condições de trabalho e no mesmo local de trabalho.

Queremos uma Nova Europa Social criada em comunhão com os parceiros sociais que
partilhem a nossa ideia de colocar “As Pessoas Primeiro”.
Propomos que se estabeleça um Pacto de Progresso Social, com objectivos a atingir nas
políticas sociais, de educação e de saúde; defendemos a inclusão de uma cláusula rela-
tiva ao progresso social, em todos os documentos de legislação europeia; lutamos pela
criação de serviços públicos de acesso universal; combatemos a exploração de trabal-
hadores e lutamos pelos seus direitos à infor mação e à negociação colectiva; defendem-
os o desenvolvimento de uma estratégia na área dos direitos das crianças, para que, na
Europa, todas elas tenham acesso garantido à educação escolar e pré-escolar; propomos
a criação de uma Carta Europeia para os Estágios, para que os jovens que procuram em-
prego vejam os seus direitos garantidos; defendemos um reforço dos direitos individuais
e colectivos dos consumidores; propomos que se criem mais infra-estruturas na área dos
cuidados aos idosos; pugnamos para que a democracia, a transparência e a responsabi-
lidade sejam os pilares das reformas de todas as instituições europeias.
A defesa da qualidade e acessibilidade aos serviços de interesse geral, especialmente nas
áreas sociais e da saúde, é fundamental para garantir uma inclusão social activa.
Preconizamos a plena utilização das oportunidades criadas pela adopção mais gener-
alizada do sistema europeu de créditos obtidos na formação profissional e no sistema
escolar, o que permite uma acrescida mobilidade no espaço da União Europeia.

4. LIDERAR O COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E CONCRETIZAR UMA POLÍTICA ENERGÉTICA COMUM

Temos de combater as alterações climáticas agora, pensando no fu turo do nosso planeta.
Agir agora permitirá à Europa liderar o combate mundial contra as alterações climáticas.
Urge apostar numa economia “livre de carbono”, nas energias renováveis, na eficiência
energética, em transportes menos dependentes de combustíveis fósseis.
A UE deverá liderar as negociações internacio nais para a redução de 30% das emissões
de CO2 até 2020, na cimeira das Nações Unidas, a realizar no fim de 2009. Deveremos
assegurar que todos os países desenvolvidos e emergentes não só assinam como
implementam este acordo, nomeadamente os EUA, a China e a Índia. A UE deve apoiar os
países em vias de desenvolvimento na sua adaptação às mudan ças do clima, assegurando
o fornecimento de tecnologia que lhes permita encontrar uma via de desenvolvimento
que não prejudique o meio ambiente. É, também, dever da UE participar construtiva
e activamente numa implementação efectiva dos acordos em matéria de ambiente
no âmbito das Nações Unidas, bem como liderar a criação de um fórum global de
energia e desenvolvimento, onde sejam definidas medidas de longo prazo para um
desenvolvimento sustentável do Planeta.
A UE deve adoptar uma Directiva de Clima abrangente que assegure o cumprimento dos
objectivos de redução de 30% das emissões em todos os sectores e de modo eficiente.
Deve adoptar-se uma Política Energética Comum baseada na sustentabilidade, na
segurança energética, na independência europeia, na diversidade das fontes energéticas

e na solidariedade entre Estados-Membros. As energias renováveis e a poupança
energética deverão estar no centro da agenda, e será de esperar um forte contributo da
política de ciência e investigação para maximizar estes objectivos.

5. APLICAR A ESTRATÉGIA MARÍTIMA INTEGRADA EUROPEIA

É preciso garantir que Portugal está na dianteira da aplicação da Estratégia Marítima
Integrada Europeia, potenciando a coesão económica das regiões costeiras e ultra-
periféricas da Europa: não apenas pela nossa história de ligação aos oceanos, mas com
os olhos postos nas extraordinárias oportunidades económicas para o presente e para o
futuro que o mar nos oferece.
Comprometemo-nos a trabalhar para que Portugal tire o máximo partido da Estratégia
Marítima Integrada Europeia, através da defesa da sua ZEE e da extensão da sua Plataforma
Continental, potenciando a exploração optimizada dos seus recursos vivos e minerais.
Trabalharemos neste quadro para promover a adaptação das zonas costeiras e marítimas
aos impactos negativos das alterações climáticas, combatendo a erosão costeira e a
degradação do mar. Lutaremos não apenas pelo ordenamento das zonas costeiras, mas
também dos espaços marítimos sob jurisdição nacional. Promoveremos a dinamização
comercial e industrial dos portos portugueses e o papel estratégico que os transportes
marítimos devem assumir nas rotas atlânticas e mediterrânicas do comércio mundial, ao
mesmo tempo assegurando a diversidade no transporte das importações e exportações
portuguesas. Trabalharemos por potenciar os transportes marítimos nacionais no

aprovisionamento e segurança energéticos da Europa (o que supõe ligação ferroviária
dos portos nacionais aos centros económicos de Espanha) e, ainda, a defesa e protecção
de Portugal e da Europa contra todo o tipo de ameaças que o desinteresse pelo mar
propicia, desde a poluição ao crime organizado.

6. REORIENTAR A PAC E A POLÍTICA COMUM DE PESCAS

O próximo mandato do PE coincide com a revisão das políticas comuns agrícola e das
pescas, num contexto em que o Parlamento assumirá poderes de co-decisão nestas
matérias por força do Tratado de Lisboa, que se espera entre em vigor em 2010.
A recente reforma intercalar da PAC, concluída em Novembro de 2008, e onde os
socialistas, e os portugueses em particular, tiveram um papel relevante, traçou algumas
linhas orientadoras positivas que irão condicionar o modelo de PAC para depois de 2013.
Um modelo agro-rural que desejamos mais “verde” e ao serviço da segurança alimentar.
Iremos continuar a influenciar as conclusões deste debate, no sentido de reorientar a
atribuição das ajudas aos agricultores dos actuais critérios históricos de base produtivista
para critérios de natureza agro-ambiental e valorizadores da criação de emprego, mais
justos e equitativos, entre agricultores, regiões e Estados-Membros.
Para tal, no debate sobre as perspectivas financeiras para o período pós 2013, defenderemos
um financiamento adequado da PAC, no pressuposto de que, em contexto de globalização,
não haverá agricultura competitiva na Europa sem apoios públicos, compatíveis com a
OMC, num quadro de regulamentação do comércio internacional justo e recíproco.

Também a PCP conhecerá profundas alterações no próximo mandato do PE.
Continuaremos na linha da frente deste debate, contribuindo para a definição de um
novo modelo de política comum de pescas, inserido no contexto mais amplo da política
marítima. Comprometemo-nos com todas as soluções que compatibilizem a viabilidade
económica do sector com a sustentabilidade ecológica, a longo prazo, das pescarias
nas águas comunitárias e fora delas, não esquecendo nunca que, de entre os recursos a
preservar, se encontram em primeiro lugar as comunidades piscatórias.

7. DEFINIR UMA NOVA ESTRATÉGIA PARA AS REGIÕES ULTRAPERIFÉRICAS

Consideramos da maior importância o reforço da coesão territorial e a criação de
oportunidades para as Regiões dos Açores e da Madeira.
Lutaremos pela definição de uma “Nova Estratégia para as RUP”, que contemple não só o
aprofundamento e o desenvolvimento das políticas de coesão que lhes são dirigidas, em
função das suas especificidades, mas também que alargue a sua presença nas diversas
políticas comunitárias e incentive a promoção das oportunidades dos Açores e da
Madeira, no quadro dos novos desafios e da Estratégia de Lisboa.



8. APROFUNDAR O ESPAÇO DE LIBERDADE, SEGURANÇA E JUSTIÇA

Perante a crescente complexidade da actividade criminosa e a sua natureza transnacional
(tráfico de droga, de seres humanos, de armas, criminalidade financeira, terrorismo,
cibercriminalidade), preconizamos o desenvolvimento do Espaço Europeu de Liberdade,
Segurança e Justiça, de modo a garantir e salvaguardar a paz e a segurança dos cidadãos
e de mais eficazmente combater a criminalidade organizada.
Na construção deste Espaço, garantiremos permanentemente o equilíbrio entre o
aperfeiçoamento dos mecanismos de cooperação policial e judiciária, sem prejuízo da
defesa intransigente dos direitos e liberdades dos cidadãos e a reserva da vida privada.

9. EFECTIVAR A IGUALDADE DE GÉNERO


Propomos a criação de uma Carta Europeia para a Igualdade entre Homens e Mulheres
para promover a igualdade de género.
Trabalharemos para que os pais tenham mais apoios e consigam equilibrar as suas
responsabilidades familiares e profissionais. Nesse sentido, propomos o alargamento
das redes de jardins-de-infância e creches e mais tempo de licença de parentalidade
(obrigatória) e sem perda de direitos, de modo a que se atinja um número progressivamente
equivalente de ausência do posto de trabalho por motivos de paternidade e de
maternidade.

Faremos campanha pela representação equilibrada de homens e mulheres em todos os
órgãos da UE, para uma maior diversidade e qualificação da decisão política.
Lutaremos para que se promova a realização periódica de inquéritos aos usos do tempo
compatíveis com as normas do EUROSTAT sobre a matéria, de modo a monitorizar o tempo
de trabalho pago e não pago dos homens e das mulheres, com vista à dessegregação do
mercado de trabalho, incluindo as assimetrias salariais.
Lutaremos para que a Europa faça maiores esforços na erradicação do tráfico de seres
humanos e da exploração sexual, através de uma maior cooperação entre as forças de
segurança e as autoridades judiciais. Continuaremos a fazer pressão junto da Comissão
Europeia na luta contra a violência de género, nomeadamente reforçando as medidas de
protecção das mulheres e crianças nesta matéria.
Juntamente com a garantia da igualdade de género, defendemos a eliminação de todas
as demais formas de discriminação, designadamente por motivos de origem étnica,
religiosa, orientação sexual, idade, deficiência, entre outras, tomando em consideração as
diferentes formas como homens e mulheres sofrem as discriminações.

10 ADOPTAR UMA POLÍTICA DE IMIGRAÇÃO EFICAZ E JUSTA

Propomos a criação de uma Carta Europeia para a Integração dos Imigrantes, que consagre
direitos e responsabilidades, garantindo o res peito mútuo entre as populações. Esta Carta
deverá estar coordenada com políticas que orientem a admissão de imigrantes, para que
aque les que escolhem viver na Europa sejam cidadãos de pleno direito.
Apoiamos o desenvolvimento de um Sistema Europeu Comum de Asilo, que se baseie nos

direitos humanos e em regras de asilo justas para aqueles que fogem de perseguições,
partilhado por todos os Estados-Membros.
Assim como é necessário avançar com a melhor coordenação dos sistemas nacionais de
segurança social, o que permitirá garantir uma efectiva mobilidade dos trabalhadores
europeus que o desejem, em todo o território da União.

11. REFORÇAR O PAPEL DA UE NO MUNDO

Acreditamos que a UE deve assumir as suas responsabilidades no mundo. Cabe à
União contribuir para a paz, a resolução dos conflitos, a promoção da democracia e do
desenvolvimento, através de todas as suas políticas e instrumentos de acção externa,
coerentemente articulados.
Os socialistas portugueses empenhar-se-ão na capacitação civil e militar da UE para intervir
eficientemente em defesa da paz e da segurança humana, a nível global, assumindo
a Responsabilidade de Proteger, em conformidade com o Direito Internacional. A UE
deve promover os esforços de desarmamento a nível regional e mundial e o combate
à proliferação de armas de destruição maciça, norteando-se pelo objectivo de libertar o
mundo de armas nucleares.
A Política de Alargamento deve continuar a servir de catalisador para o aprofundamento
da democracia e do Estado de Direito na Turquia e nos Balcãs.
É imperativo que a Política de Vizinhança da União Europeia seja completada por
mecanismos de apoio à resolução de conflitos em regiões como o Cáucaso do Sul, o
Médio Oriente e o Magrebe.

As relações com parceiros estratégicos como Rússia, Índia, China e Brasil, além das trocas
comerciais, de vem incluir diálogos políticos reforçados em áreas como os direitos humanos
- incluindo os direitos laborais e sociais - a luta contra o terrorismo e a proliferação de
armas de destruição maciça, a defesa do ambiente, a segurança energética e a gestão de
crises globalmente.
A Estratégia UE-África deve aprofundar as relações da Eu ropa com aquele continente,
promovendo a integração política regional e continental, a paz, a segurança, a boa
governação e o desenvolvimento sustentável.
A presidência de Barack Obama nos EUA abre extraordinárias oportunidades para
reforçar a parceria transatlântica, que continua a ser indispensável para promover a paz, a
segurança, o desenvolvimento e a boa governação a nível global.
O Grupo Socialista defende que a UE e os seus Estados-Membros devem respeitar os
compromissos assumidos quanto à Ajuda Pública ao Desenvolvimento, já que estes são
indispensáveis para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Trabalharemos para tornar a ajuda europeia mais eficaz e o comércio mais justo; contribuiremos para
a conclusão dos acordos internacionais de comércio no âmbito da Ronda de Doha, de
modo a impedir que, à crise, se venha suceder uma fase de proteccionismo e interrupção
do comércio internacional prejudicando sobretudo os países mais frágeis. Lutaremos para
que os acordos estabelecidos pela UE com países terceiros incluam cláu sulas relativas ao
respeito pelo Estado de Direito e pelos direitos humanos, ambientais e sociais, além de
cláusulas de não-proliferação de armas de destruição maciça e de controlo do comércio
de armas ligeiras.

12.REAFIRMAR A CIDADANIA EUROPEIA, CONSOLIDANDO A NOVA ARQUITECTURA EUROPEIA
Desde o Tratado de UE de 1992 (Maastricht), a União é também um espaço de cidadania,
e não somente um espaço de agentes económicos.
A Carta de Direitos Fundamentais da UE aprovada em 2000, a que o Tratado de Lisboa
confere força vinculativa, constitui um notável reforço da cidadania europeia.
A densificação da cidadania europeia passa pelo aprofundamento da democracia
europeia, da transparência da responsabilidade das instituições, de concretização dos
mecanismos de democracia participativa e de democracia directa, agora incluídos no
Tratado de Lisboa. Mas passa também pela densificação das relações transfronteiriças
entre os cidadãos europeus (na escola, na investigação, no trabalho, nas empresas, etc.) e
pelo fomento de uma consciência e de uma identidade cultural europeias.
Por isso, a UE deve investir nas políticas e nos programas adequados a atingir os referidos
objectivos.
Face aos novos desafios económicos, sociais e ambientais e na sequência do alargamento
da União Europeia, as insuficiências do Tratado de Nice tornaram-se claras. O aumento
do número de Estados-Membros para 27 tornou inadiável a resolução de problemas
institucionais como a existência do direito de veto no Conselho. A eficiência da União, a sua
capacidade de legislar e gerar políticas que dêem respostas aos problemas dos cidadãos
europeus está largamente comprometida pela persistência da regra da unanimidade.

Ao insucesso da ratificação da Constituição europeia seguiu-se um período de quase
abandono da ideia de avançar na melhoria da nossa arquitectura institucional. As
presidências alemã e portuguesa trabalharam em conjunto e conseguiram apresentar
um texto equilibrado e inovador - o Tratado de Lisboa - hoje já ratificado por quase todos
os Estados-Membros.
Trata-se de um Tratado que permitirá melhorar substancialmente o funcionamento da
União, dando simultaneamente um novo fôlego à construção europeia. Apelamos por
conseguinte a uma rápida ratificação e entrada em vigor do Tratado de Lisboa.
O alargamento das decisões por maioria qualificada a 40 novas áreas, nomeadamente
à imigração, à cooperação policial e judicial; as referências aos novos desafios, como as
mudanças climáticas e o desafio energético; a criação de um Presidente permanente
do Conselho, bem como de um Alto-Representante para os Negócios Estrangeiros,
constituem avanços significativos, que traduzem a vontade de uma União mais eficaz,
mais próxima dos cidadãos e cujo papel no Mundo seja reforçado.
Com este Tratado, a Europa ultrapassou um impasse que durou demasiado tempo.
Poderemos de futuro fazer face de forma mais eficaz às questões globais que hoje se nos
colocam.

Agir nos primeiros 100 dias

Bater-nos-emos para que estas prioridades se concretizem no quadro duma estratégia
ambiciosa de afirmação da Europa no mundo e de reforço da sua sustentabilidade económica,
social e ambiental. Portugal aprovou na sua Presidência de 2000 a Estratégia de Lisboa e deu
um forte contributo para o seu relançamento na Presidência de 2007, dando-lhe uma nova
dimensão como agenda externa da União e apostando ainda mais no conhecimento, na
tecnologia e na inovação como factores de competitividade e de coesão.
A definição da Estratégia de Lisboa Pós 2010 está em curso. Defenderemos que a nova
Estratégia de Lisboa seja um referencial forte de modernidade e sensibilidade social, capaz de
fazer da União Europeia não apenas um parceiro mais forte na regulação da globalização, mas
também um exemplo de boas práticas para a formação da nova ordem social e económica
mundial.
Integrados no PSE, os candidatos do Partido Socialista vão desde logo ter de intervir
activamente na discussão e aprovação da nova Comissão Europeia e da estratégia da
Comissão para os próximos cinco anos.
O Conselho Europeu deve respeitar o papel essencial do Parlamento Europeu neste processo
e accionar um processo de consultas sobre o novo Presidente da Comissão, a constituição
da nova Comissão Europeia e o Programa de Acção da Comissão para os próximos anos.
Queremos uma Comissão e uma Estratégia mais progressistas e conter a inverter políticas de
cedência ao mercado desregulado como as que nos conduziram à actual crise económica.

Sair da actual crise económica é a maior de todas as prioridades e um teste decisivo para os
líderes europeus. Ao contrário dos conservadores, queremos tirar lições da crise e da recessão
para o futuro. As pessoas não podem pagar ingloriamente esta factura, sem daí serem tiradas
consequências. A crise não teve origem num desastre natural, antes foi consequência da
desregulação dos mercados financeiros, da ganância, da irresponsabilidade e da negligência
daqueles que deviam ter salvaguardado a credibilidade do sistema financeiro, o emprego e a
sustentabilidade económica acima de tudo.
Só uma ambiciosa estratégia económica assente na criação de emprego e na sustentabilidade
social e ecológica do crescimento económico nos pode tirar desta crise. A Europa e o mundo
têm de mudar de paradigma, urgentemente. Não podemos esperar para ver. Não queremos
mais do mesmo.
Os Socialistas europeus vão defender um conjunto de acções a implementar nos primeiros 100 dias do novo mandato para combater a recessão e o desemprego em massa, assegurar a protecção social dos cidadãos e relançar o crescimento económico e o emprego:

1. Um novo e mais ambicioso Plano de Recuperação para a Europa, que inclua a coordenação de investimentos no emprego e no crescimento ambientalmente sustentáveis, nas novas tecnologias e nas infra-estruturas transfronteiriças. Para além do papel de coordenação,a Comissão deve ser munida dos recursos necessários para empreender - em estreita cooperação com os Estados-Membros - a sua própria política de combate à crise económica.
Para isso, precisamos de uma revisão de fundo do orçamento comunitário à luz da crise. A Comissão Europeia deve receber meios adequados para complementar eficazmente as medidas de combate à crise dos Governos nacionais. Nesse sentido, defenderemos:

. a flexibilização da transferência de fundos de umas linhas orçamentais para as outras,de forma a utilizar ao máximo o potencial dos recursos existentes para combater a crise; em vez de devolver às capitais os fundos que sobram do actual orçamento comunitário, defendemos que sejam dedicados ao combate à crise;
. a emissão de Eurobonds, isto é, obrigações de dívida pública europeia, emitidas con-
juntamente por vários países da zona euro, para financiar projectos de grande dimensão e de relevância europeia;
. um aumento significativo dos limites máximos do crédito a conceder pela Comissão para apoiar financeiramente, a médio prazo, as balanças de pagamentos dos Estados-Membros;
. a procura de soluções criativas, nomeadamente de natureza fiscal, para dotar a Comissão Europeia dos meios de que ela necessita para contribuir eficazmente para o combate à crise;

2.Revisão profunda do Pacto de Estabilidade e Crescimento de forma a reorientá-lo para o combate à crise, ao desemprego e para o lançamento de uma economia sustentável a nível europeu;

3.Um Pacto Europeu para o Emprego para salvaguardar o emprego, criar novos e melhores postos de trabalho e reforçar os direitos dos trabalhadores, as condições de trabalho e a igualdade salarial. Uma atenção especial deve ser dada ao desemprego dos jovens. A UE tem de defender condições leais de concorrência internacional e nesse sentido tem de assegurar que os direitos laborais e sociais acordados no quadro da OIT são respeitados não apenas no espaço europeu, mas também noutros destinos para onde as empresas deslocalizem produções.

4.Um novo Pacto Social de Progresso para enfrentar todas as consequências sociais da crise económica e prevenir o aumento da pobreza, das desigualdades e da exclusão.
Uma eficiente regulação e supervisão dos mercados financeiros, abrangendo todos os actores e instrumentos financeiros, incluindo os fundos especulativos. O Partido Socialista Europeu quer impedir no futuro a formação de novas e devastadoras bolhas especulativas financeiras.

5.Uma nova e mútua solidariedade entre os Estados-Membros - entre Leste e Oeste, Norte e Sul -, assegurando um roteiro comum para vencer a crise.

6.Um roteiro Europeu comum, urgente, para chegar a um acordo mundial no seio do G20 até ao fim de 2009. Trata-se de lançar uma acção coordenada para a criação de empregos em todo o mundo, ao mesmo tempo que se regulam os mercados financeiros a nível global e se garante um acordo mundial no quadro da ONU sobre as questões climáticas.
Este compromisso deve incluir:
. um estímulo fiscal nas economias europeias que corresponda a 3% do PIB dos 27,
coordenando as medidas incluídas neste estímulo fiscal para evitar proteccionismos e
ineficiências e usando-o para financiar sectores económicos social e ecologicamente
sustentáveis;
. pôr fim aos paraísos fiscais num prazo de três anos à escala global;
. submeter todos os aspectos dos mercados financeiros a uma regulação clara e transparente e de criar novas instâncias de supervisão ao nível europeu, capazes de prevenir
futuras crises, em articulação com congéneres nacionais e internacionais;
. não recuar nos compromissos financeiros já assumidos pela UE no domínio do combate à pobreza e da realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio através da ajuda pública aos países em desenvolvimento, a pretexto da crise.
Estamos dispostos a agir rapidamente e determinados a repor a esperança e a confiança dos cidadãos europeus. Estas acções para os primeiros 100 dias são essenciais para enfrentar os tempos difíceis que atravessam o mundo, mas também correspondem e iniciam o cumprimento das prioridades políticas que nos orientarão nos próximos cinco anos.

Defender os interesses específicos de Portugal na Europa
Como Estado-Membro da UE, Portugal possui especificidades que reclamam consideração especial pelos deputados socialistas portugueses ao PE.
Primeiro, Portugal é um País da coesão, empenhado em superar o atraso em relação
aos níveis médios de desenvolvimento e de bem-estar da UE. Segundo, Portugal está
situado no extremo sudoeste da Europa, país da periferia do continente, com duas regiões ultraperiféricas. Terceiro, Portugal possui uma extensa fronteira externa da UE, toda ela marítima. Quarto, Portugal constitui uma interface com o Atlântico sul, em especial com o Brasil e com África.
Daí que Portugal esteja particularmente interessado na defesa das políticas de coesão económica, social e territorial, na política de investimentos nas redes transeuropeias de transportes (incluindo o TGV), de gás e de electricidade, na política de segurança das fronteiras externas, de luta contra o tráfico de droga, contra a imigração clandestina, de pescas e conservação de recursos marinhos, de cooperação com a América Latina e com África.
Além disso, tendo em conta a distância em relação ao centro da Europa, Portugal está igualmente interessado em todas as políticas que favoreçam a mobilidade intra-europeia, através dos vários programas europeus na área do ensino, da investigação e da ciência, etc. Importa promover medidas de “acção afirmativa”, incluindo apoios financeiros que permitam colocar em pé de igualdade os cidadãos dos Estados-Membros mais afastados e as regiões ultraperiféricas.

Os candidatos socialistas ao Parlamento Europeu apelam a uma forte participação nas eleições de 7 de Junho.
Uma forte participação nas eleições para o Parlamento Europeu é a melhor resposta aos que não querem uma Europa forte. Esse voto será também a melhor forma de defender o Tratado de Lisboa e garantir a sua mais rápida entrada em vigor.
Finalmente, uma grande participação nas eleições e a nossa vitória possibilitarão uma mais rápida e eficaz resposta à crise económica que atravessa a Europa. Os momentos difíceis que atravessamos e as ameaças que pairam sobre as nossas empresas e famílias não devem ser motivo para pânico. Albert Einstein afirmou que no meio da dificuldade se encontrava a oportunidade. Esta crise é a ocasião para unirmos esforços e concertarmos as nossas energias em torno do que é essencial: colocar em As Pessoas em Primeiro Lugar.

A nossa posição sobre o PROT-Oeste


DECLARAÇÃO DE VOTO DOS VEREADORES DO PS SOBRE PROT-OESTE
A gestão municipal de Caldas da Rainha tem aversão aos instrumentos de planeamento e de ordenamento do território.
O Plano Director Municipal de Caldas da Rainha foi aprovado pela Assembleia Municipal em 22 de Março de 2002; pelo Conselho de Ministros em 23 de Maio de 2002 e entrou em vigor em 19 de Junho de 2002; portanto, há 9 anos. As Caldas da Rainha foram dos últimos Municípios do País a ter PDM.
O Plano de Pormenor do Centro Histórico das Caldas da Rainha foi adjudicado em Janeiro de 2002; portanto há mais de 7 anos, sem fim à vista.
Nenhum Plano de Pormenor previsto no PDM em vigor desde 2002 está concluído.
Os Vereadores do PS sublinham que o Plano Regional do Ordenamento do Território do Oeste (PROT-OESTE) é um instrumento de desenvolvimento territorial e de natureza estratégica. Estabelece a estrutura regional do sistema urbano, das redes de infra-estruturas e dos equipamentos de interesse regional e define os objectivos quanto à localização das actividades e dos grandes investimentos públicos; as suas normas fixam o quadro estratégico, as directrizes orientadoras de carácter genérico e as orientações para o ordenamento do território regional, envolvendo a sua aplicação a área territorial nacional correspondente a 3 NUt´s III, 33 concelhos , sendo que para a Região Oeste contempla 338 711 habitantes e uma área de 2 215 Km2.
Os Vereadores do PS relembram que o PROT esteve em processo de discussão pública durante 30 meses, não se tendo verificado, nesta fase, qualquer contributo formal para o seu aperfeiçoamento, proveniente do concelho das Caldas da Rainha.
Os Vereadores do PS votaram favoravelmente a proposta de texto final do PROT-Oeste, que prevê um período de transição para a sua entrada em vigor, salvaguardando a possibilidade de serem concretizados projectos turísticos com relevância para o desenvolvimento económico do Município de Caldas da Rainha. Em causa está a manutenção das possibilidades de construção de equipamentos turísticos associados à prática do Golfe.
Os Vereadores do PS não podem deixar de sublinhar o insólito de, em 30 meses de discussão, numa ter havido nenhum relatório, nenhuma informação ou alerta ao Executivo municipal que problematizasse as consequências do PROT-Oeste para a ocupação do território fora do espaço urbano na orla costeira.
Os Vereadores do PS não pode deixar de manifestar a sua profunda convicção da necessidade das questões relacionadas com o urbanismo, o planeamento e o ordenamento do território serem tratadas com mais rigor, mais transparência, mais participação dos cidadãos e com os recursos humanos adequados.
Os Vereadores do PS
António Galamba
Nicolau Borges

quarta-feira, maio 27, 2009

A 12 de Junho, A-Dos-Francos e Foz do Arelho serão Vilas


Na conferência de líderes realizada hoje na Assembleia da República, em que participei em representação do Grupo Parlamentar do PS, ficou agendado para o dia 12 de Junho de 2009, Sexta-Feira, pelas 12:00 horas, em Plenário, a discussão e votação dos projectos de elevação das localidades de A-Dos-Francos e da Foz do Arelho a Vila. Chegará assim a bom porto um processo legislativo iniciado a 18 de Julho de 2008 quando apresentei dois projectos de lei. Nesse tempo ninguém acreditava que, nesta legislatura, algum projecto fosse aprovado. Valeu a pena ! Um ano depois, conseguiremos concretizar a aprovação dos projectos.

Valeu a pena !Sobretudo porque a elevação, sendo emblemática, pode traduzir num acréscimo de consciência cívica dos cidadãos em relação aos seus direitos e deveres como Comunidade de afectos, desenvolvimento e organização territorial.


António Galamba

sexta-feira, maio 22, 2009

BE Partida em falso !

Leio que o candidato do Bloque de Esquerda à Câmara Municipal de Caldas da Rainha resolveu atacar o PS, os Vereadores do PS, por não se terem manifestado contra determinados gastos do município. Por ignorância ou má fé é uma falsa partida. Um pouco de estudo das actas das reuniões da Câmara Municipal evitaria alguns disparates.
Vejo também que a agitação cívica, em torno das linhas de água e da Lagoa de Óbidos, com recentes pseudo-desafios ao PS, estão devidamente enquadrados, fizeram parte da pré-campanha eleitoral do BE, pois os principais protagonistas serão candidatos do BE aos órgãos autárquicos. Têm todo o direito! Tudo o que agite serve ao BE, o problema é quando têm responsabilidades de governo, como na Câmara de Salvaterra de Magos, o verniz estala.

quarta-feira, maio 20, 2009

O conteúdo da queixa enviada à ERC sobre a Revista Municipal


Exmo Senhor
Presidente da
Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Dr. José Azeredo Lopes
Avenida 24 de Julho, n.º58
1200-869 Lisboa

Assunto: Incumprimento reiterado do princípio do pluralismo na Revista Municipal da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, publicada anualmente, sob Direcção do Senhor Presidente da Câmara Municipal, Dr. Fernando Costa.

Caldas da Rainha, 20 de Maio de 2009

A maioria autárquica na Câmara Municipal de Caldas da Rainha tem persistido na edição de uma revista anual com as iniciativas desenvolvidas pelo executivo municipal, sem possibilitar que a publicação seja efectivamente representativa do pluralismo presente nesse órgão autárquico. A publicação distribuída gratuitamente pela população por ocasião do Feriado Municipal, a 15 de Maio, apresenta uma estrutura de organização com um Editorial assinado pelo Presidente da Câmara e pela apresentação temática de diversos aspectos da gestão municipal. A publicação de 2009, com o depósito legal 2111238/05 e uma tiragem de 15000 exemplares, pela exclusão de qualquer referência, texto ou espaço da responsabilidade dos Vereadores do Partido Socialista que perfazem a expressão da oposição neste órgão municipal, converte-se numa publicação de mera exaltação da acção dos Vereadores com Pelouro, da maioria PSD que recebeu um inequívoco mandato para cumprir um programa eleitoral diverso do apresentado pelo Partido Socialista. De facto, não havendo representação da expressão da vontade política dos Vereadores do PS, não haverá de igual modo expressão da vontade dos eleitores que mandataram os eleitos do PS para os representarem.
Acresce ser usual que o património fotográfico da Revista Municipal, publicada e distribuída de forma gratuita pelas caixas de correio dos cidadãos do Município de Caldas da Rainha, em especial nos núcleos urbanos, seja utilizado para ilustrar peças de campanha eleitoral com carácter político-partidário. Esta singular situação, confirmada em queixa à Comissão Nacional de Eleições, permitiu a divulgação da informação segundo a qual o arquivo fotográfico do município está ao dispor de todas as forças partidárias que a ele entendam recorrer.
Neste contexto, face à publicação municipal em anexo que, mais uma vez, ignora a existência de uma força partidária diferente da força maioritária no órgão executivo do município, CONSIDERANDO,
“A Deliberação 1/OUT/2008, Directiva do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social sobre publicações periódicas editadas pela administração regional e local que estabelece que:
A Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99, de 13 de Janeiro, doravante LI) tem constituído o principal referencial jurídico na regulamentação de tais publicações, não obstante os desajustamentos resultantes do facto de disposições relevantes dessa Lei se dirigirem, primariamente ou em exclusivo, a publicações periódicas informativas de natureza jornalística.
Constatando a existência de um vazio legal relativamente à caracterização, à missão e às obrigações que impendem sobre publicações periódicas editadas pela administração regional e local, nomeadamente em matéria de pluralismo político, o Conselho Regulador, ao abrigo dos artigos 24.º, alínea c), e 63.º dos estatutos da ERC (aprovados pela Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro), adopta a seguinte Directiva:
1. As publicações periódicas editadas pela administração regional e local estão sujeitas a regulação e supervisão da ERC, por aplicação directa do disposto no artigo 6.º, alínea b), dos Estatutos da ERC.
2. As finalidades que prosseguem e a natureza dos conteúdos que produzem e divulgam, que aliam a função informativa à função persuasiva e promocional das actividades dos órgãos autárquicos e dos seus titulares, distinguem-nas, claramente, das publicações periódicas informativas e doutrinárias previstas na LI, tornando inapropriada a respectiva qualificação sob qualquer das duas categorias existentes.
3. As características referidas enquadram essas publicações no âmbito da comunicação institucional, independentemente da denominação e do formato que adoptem – jornal, revista, boletim autárquico ou boletim municipal.
4. A circunstância de serem dirigidas por titulares de órgãos autárquicos exclui-as das obrigações previstas na LI relativamente às publicações periódicas de informação geral e de informação especializada quanto às disposições relativas ao estatuto editorial (artigo 17.º, n.º 1, LI) e à organização das empresas jornalísticas (Capítulo IV, LI), mas já não em matéria de requisitos das publicações (art. 15º), depósito legal (art. 18º), publicidade (art. 28º), responsabilidade civil e penal (cap. VI) e disposições processuais (Cap. VII).
5. Independentemente do disposto no número anterior, as publicações periódicas editadas pela administração regional e local estão obrigadas ao cumprimento dos princípios gerais de direito, do regime constitucional da liberdade de expressão e demais direitos fundamentais, em particular dos direitos de personalidade reconhecidos no artigo 26.º da Constituição da República Portuguesa, dos instrumentos jurídicos internacionais e dos Estatutos da ERC.
6. Em particular, perante referências constantes de quaisquer conteúdos divulgados em publicações periódicas editadas por órgãos autárquicos é admitido o exercício dos direitos de resposta e de rectificação, nos termos dos artigos 24º a 27º da Lei de Imprensa.
7. Tratando-se de publicações de titularidade pública e sujeitas ao respeito pelo princípio do pluralismo, encontram-se obrigadas a veicular a expressão das diferentes forças e sensibilidades político-partidárias que integram os órgãos autárquicos.
8. Cabe-lhes, por outro lado, adoptar mecanismos de participação pública dos munícipes, através de rubricas que acolham as suas opiniões e críticas.
9. Tendo em conta a transparência que deve ser exigida a estas publicações e o disposto no Decreto Regulamentar n.º 8/99, de 9 de Junho (artigo 12.º, n.º 1, alínea d), as publicações periódicas editadas pela administração regional e local são objecto de anotação na unidade de registos da ERC, por iniciativa do respectivo editor.
10. A ERC fará publicar na imprensa e divulgar através da Associação Nacional de Municípios Portugueses, para conhecimento dos diversos órgãos da administração regional e local, a informação pertinente para efeitos do regime de anotação das publicações periódicas autárquicas.
11. A presente directiva substitui a Directiva sobre Boletins Autárquicos da Alta Autoridade para a Comunicação Social, adoptada em 17 de Março de 1999.”.

CONSIDERANDO AINDA a clarificação da NOTA EXPLICATIVA sobre a NECESSIDADE DE SER ASSEGURADO O CUMPRIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DE PLURALISMO PELAS PUBLICAÇÕES AUTÁRQUICAS DE NATUREZA INSTITUCIONAL
“O princípio do pluralismo, embora goze de tradição recente na experiência constitucional portuguesa (cfr. MIGUEL PRATA ROQUE, Sociedade Aberta e Dissenso – Contributo para a Compreensão Contemporânea do Princípio do Pluralismo Político, in Homenagem ao Prof. Doutor André Gonçalves Pereira, Coimbra, 2006, pp. 370 e ss.), constitui um valor estruturante do ordenamento jurídico democrático português. Encontra assento no artigo 2.º da Constituição, que qualifica a República Portuguesa como “um Estado de direito democrático, baseado (…) no pluralismo de expressão e organização política democráticas”. Tal princípio é, inclusivamente, erigido à posição de limite material à revisão constitucional, pelo artigo 288.º, alínea i), da Constituição. No tocante à comunicação social, a Constituição determina, no seu artigo 38.º, n.º 6, que “[a] estrutura e o funcionamento dos meios de comunicação social do sector público devem (…) assegurar a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião”.

O princípio do pluralismo político, na sua dimensão interna, impõe que os partidos e formações políticas possam ter acesso, em condições não discriminatórias, aos veículos de comunicação pública, de modo a permitir aos cidadãos o conhecimento das diversas tendências e posições em confronto e a contribuir para a livre formação da opinião pública, condição absolutamente necessária à realização do Estado de Direito (cfr. ALBERTO ARONS DE CARVALHO et alia, Direito da Comunicação Social, 2.ª edição, Cruz Quebrada, 2005, p. 51).

A inserção das publicações autárquicas em apreço em sede da actividade de comunicação institucional das colectividades locais – logo, fora do contexto jornalístico – em nada obsta a que as mesmas estejam sujeitas a deveres, em matéria de pluralismo, semelhantes àqueles que vinculam as publicações jornalísticas. Com efeito, em virtude do princípio democrático (v. os artigos 2.º e 235.º, n.º 1, da Constituição), a vontade juridicamente imputável a cada município ou freguesia, enquanto pessoa colectiva, é formada mediante a concorrência dos contributos oferecidos pelos membros dos seus órgãos, eleitos pelas diversas forças políticas.

Afigurar-se-ia como uma grave entorse a tal princípio estruturante considerar admissível que a estratégia de comunicação institucional da autarquia como um todo reflectisse apenas as opiniões da força política maioritária e tivesse como protagonistas exclusivos o Presidente da Câmara e os membros dos órgãos autárquicos eleitos por uma mesma formação política.

Por outro lado, importa recordar que, não obstante tais publicações serem dotadas, por via de regra, de uma intencionalidade de persuasão que é estranha ao jornalismo, não deixam, por isso, de constituir veículos de expressão da vontade de entidades públicas, plenamente sujeitos ao princípio do pluralismo de expressão e organização política democráticas, sendo financiadas mediante recurso às receitas públicas, inclusivamente de natureza tributária, tipificadas nos artigos 10.º e seguintes da Lei das Finanças Locais, aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, na versão que lhe foi dada pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro.

O próprio direito de oposição, constitucionalmente reconhecido no artigo 114.º da Constituição e regulamentado pelo Estatuto da Oposição, aprovado pela Lei n.º 24/98, de 26 de Maio, impõe este entendimento. Com efeito, nos termos dos n.ºs 1, 2 e 3 do artigo 3.º do diploma legal referido, são titulares do direito de oposição os partidos políticos e os grupos de cidadãos eleitores representados nos órgãos deliberativos das autarquias locais e que não estejam representados no correspondente órgão executivo, bem como aquelas forças cujos representantes não tenham assumido, nas câmaras municipais, quaisquer pelouros, poderes delegados ou outras formas de responsabilidade directa e imediata pelo exercício de funções executivas. O artigo 6.º do mesmo diploma, por seu turno, vem atribuir aos titulares do direito de oposição o direito de presença e participação em todos os actos e actividades oficiais que, pela sua natureza, o justifiquem. Ora, em virtude da natureza e função das publicações periódicas autárquicas em causa, maxime no que toca ao seu escopo de divulgação da vontade e das actividades atribuíveis à pessoa colectiva em questão, bem como das considerações expendidas a propósito do princípio do pluralismo, importa concluir que a participação da oposição nas publicações autárquicas de cariz institucional não pode ser recusada pela maioria que controla o executivo autárquico, sob pena de violação do direito fundamental de oposição, bem como das exigências mínimas em matéria de pluralismo.

É certo que o princípio do pluralismo, constitucionalmente consagrado, admite variáveis graus de concretização, consoante as opções assumidas pelo legislador ordinário, não se impondo, dada a sua natureza de princípio, como um mandamento de aplicação do género “tudo ou nada”. Contudo, ele impõe-se como critério de constitucionalidade das normas (v. o artigo 277.º, n.º 1, da Constituição), bem como enquanto parâmetro interpretativo, maxime em situações de relativa indefinição do regime jurídico aplicável, como é o caso das publicações periódicas autárquicas.

Nas palavras de MIGUEL PRATA ROQUE, (cfr. Op. Cit., p. 379): o princípio do pluralismo político exige ainda que o próprio ordenamento jurídico realize permanentemente os valores por ele prosseguidos, quer através da aprovação de novos preceitos densificadores, quer adaptando a interpretação dos preceitos já existentes às novas realidades por estes conformadas. É justamente este último desiderato que impõe a intervenção da ERC através da presente proposta de directiva.”.

António Bento da Silva Galamba, na qualidade de Vereador da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, eleito nas listas do Partido Socialista, venho requerer a Vossa Excelência que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social analise e delibere sobre a presente situação de incumprimento do pluralismo na Revista Municipal de Caldas da Rainha Maio/09, em especial, no que diz respeito aos seguintes quesitos:


1. No quadro da edição de uma publicação anual, dirigida pelo Presidente da Câmara Municipal, os Vereadores eleitos nas listas dos partidos políticos com votação não maioritária têm direito a ter um espaço de expressão das suas perspectivas sobre o Município ?

2. Em caso afirmativo, existe algum mecanismo de apuramento da dimensão da expressão do pluralismo presente na composição do órgão autárquico em causa? Por exemplo, pode ser considerado como critério, a atribuição de um espaço proporcional ao número de mandatos obtidos por determinado partido político ou movimento de cidadãos ?


3. Em caso afirmativo, existe algum condicionalismo à expressão do pluralismo presente na composição do órgão autárquico? Pode em algum caso, a estrutura organizativa da publicação ou o perfil do conteúdo “informativo” determinarem condicionamentos ao conteúdo definido por força política diversa da força maioritária no preenchimento do espaço a que tenha direito como expressão do pluralismo do órgão autárquico?

Na expectativa de uma clarificação sobre a concretização do princípio do pluralismo democrático na concepção, edição e publicação instrumentos da estratégia de comunicação institucional da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,


António Bento da Silva Galamba

terça-feira, maio 19, 2009

Criado Grupo de Trabalho para definir o perfil assistencial e o dimensionamento do futuro para o Centro Hospitalar Oeste Norte


Dito e feito. O Governo do PS, através do Secretário de Estado Francisco Ramos , formalizou a criação de um Grupo de Trabalho destinado a definir o perfil assistencial e o dimensionamento do futuro para o Centro Hospitalar Oeste Norte. Depois de, na Sexta-Feira,Feriado Municipal de Caldas da Rainha, ter estado na Sessão Solene no Hospital Termal onde foi assinado um Protocolo entre a ARSLVT e a Câmara Municipal para ser efectuado um estudo que identifique os caminhos para o relançamento do termalismo nas Caldas da Rainha e de ter reafirmado que a opção política do Governo é a da construção de um novo hospital para os Municípios do Oeste Norte, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde assinou a 18 de Maio de 2009 um acto fundamental para a concretização do desejado equipamento hospitalar.

Curioso que, enquanto o Governo constinuava a trabalhar na procura de soluções para o Termalismo e para a melhoria da prestação de cuidados hospitalares, o Senhor Presidente da Câmara de Caldas da Rainha, numa cerimónia públicas, fazia tábua rasa do protocolo assinado para, em teoria e "caso falhem outras soluções" defender a utilização dos Pavilhões do Parque D.Carlos para instalar o Museu Nacional de Cerâmica. Tendo defendido a criação doMuseu Nacional de Cerâmica, não posso deixar de considerar surrealista que à Sexta se assine um protocolo para encontrar soluções para o termalismo e à Segunda se revele uma total descrença na missão assumida na Sexta. Um Presidente de Câmara no seu melhor.



Despacho n.º___/2009
O lançamento do novo hospital para o Centro Hospitalar Oeste Norte é uma opção estratégica muito relevante e constituirá uma verdadeira alavanca para todo o processo de reordenamento hospitalar da região Oeste.
A administração regional de Saúde de Lisboa tem, nesse contexto, a missão de estruturar e organizar a prestação de cuidados de saúde para a região Oeste em condições de qualidade, segurança e acessibilidade, através de uma oferta articulada, organizada em função das aspirações de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) moderno, flexível, eficiente e efectivamente ajustado às necessidades das populações.
Para tal torna-se necessário que as características da futura unidade hospitalar sejam, atempadamente, estudadas, definidas e fixadas, para que a partir delas se possam desencadear todos os procedimentos prévios, conducentes ao lançamento do referido concurso.
Assim, determino:
1 - A criação de um grupo de trabalho para definir o perfil assistencial e o dimensionamento do futuro para o Centro Hospitalar Oeste Norte.
2 - O grupo de trabalho tem a composição seguinte:
a) Dr. João Matos, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P., que coordena os trabalhos;
b)Dr. Adriano Natário da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.;
c) Dra. Adelaide Afonso, do Centro Hospitalar do Oeste Norte;
d) Dr. Alexandre Farinha do Centro Hospitalar do Oeste Norte;
e) Dra. Teresa Boto da Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.;
f) Dra. Telma Fernandes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P. .
3 - Os elementos do grupo de trabalho desempenham funções em regime de acumulação, não sendo devida remuneração adicional.
4 - O grupo de trabalho poderá socorrer-se, de forma pontual ou sistemática, de um painel de peritos dos hospitais que entender consultar, e que reunirão, individualmente ou de forma conjunta, com o grupo de trabalho, quando solicitados para tal.
5 - O grupo de trabalho auscultará periodicamente os representantes das autarquias nomeados para o efeito.
6 - O grupo de trabalho pode, fundamentadamente, recorrer ao apoio de especialistas, para a elaboração dos trabalhos definidos no n.º 1.
7 - A apresentação do resultado definitivo do trabalho definido no n.º 1 deverá ocorrer no prazo de 5 meses.
8 - A ARSLVT assegura o apoio logístico, técnico e de secretariado necessários ao funcionamento do grupo de trabalho.
O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde
Francisco Ventura Ramos

18.05.2009

À atenção da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, são os parques infantis...


Lisboa, 19 Mai (Lusa) - A partir de Junho os parques infantis têm de estar vedados e ter barreiras que limitem a passagem junto aos baloiços, segundo um diploma hoje publicado em Diário da República.
O diploma, que complementa um outro publicado em 1997, visa reforçar a segurança das crianças nos espaços de jogo e recreio, estabelecendo regras e obrigações às entidades responsáveis pelos espaços, quanto às condições de vigilância e de informação e em relação às condições físicas.
Assim, a partir de dia 19 de Junho passa a ser obrigatória a existência de "uma vedação ou outra barreira física" que delimite os parques infantis e impõem-se soluções técnicas que limitem a passagem juntos dos baloiços e outros equipamentos que incluam balanço com vista a reduzir o risco de acidentes.
Por outro lado, equipamentos como insufláveis, trampolins e 'skates' passam a ter de ser submetidos a determinadas normas de segurança que aumentem o nível de protecção dos seus utilizadores.
Esta norma, segundo o diploma, tem como objectivo prevenir os acidentes registados nos últimos anos com alguns equipamentos, nomeadamente insufláveis, trampolins e 'skates'.
Por outro lado, são reforçadas as obrigações das entidades responsáveis pelos espaços de jogo e recreio, impondo-se, entre outras, condições de vigilância, bem como novas obrigações de informação.
Desta forma, passa a ser obrigatório a indicação da idade mínima dos utilizadores, bem como a colocação dos avisos necessários à prevenção dos riscos inerentes à utilização dos equipamentos.
O diploma altera ainda as competências de instrução e fiscalização, até agora entregues ao Instituto Nacional do Desporto (IDP), que passam a ser da responsabilidade da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
A ASAE e as câmaras municipais terão de fazer vistorias anuais a todos os espaços de jogo e recreio, além de outras suscitadas por queixas ou reclamações.

segunda-feira, maio 18, 2009

O que a Câmara das Caldas não faz, faz a Câmara Municipal de Lisboa


Lisboa, 18 Mai (Lusa) - O jardim do Museu da Cidade, em Lisboa, vai passar a ser habitado por animais e vegetais em cerâmica produzidos pela Fábrica Bordalo Pinheiro, ganhando o nome do artista a partir de Setembro.
O projecto, concebido por Joana Vasconcelos, visa homenagear uma das mais importantes personalidades do século XIX, Rafael Bordado Pinheiro, e criar mais uma zona de passeio e divertimento no Concelho.

Segundo a proposta da jovem artista, a intervenção cirscunscreve-se ao espaço do jardim de bucho anexo à fachada Sul do Museu, sugerindo uma "estratégia deliberada de contaminação do lugar 'a posteriori'", com a instalação de peças.
Nos labirínticos percursos deste espaço verde vão surgir caranguejos, lagostas, sapos, peixes, cavalos marinhos, cogumelos, troncos, caracóis e moluscos, alguns dos quais com elementos de repuxo ou com a funcionalidade de bancos.
Outras figuras, como andorinhas, vespas, cobras e gatos, vão preencher os muros envolventes e a varanda do primeiro piso do Museu, uma construção do século XVIII também conhecida por Palácio Pimenta e cujo complexo está classificado como imóvel de interesse público.
O projecto inclui ainda aplicações de faixas ou painéis de azulejos de baixo relevo representativos da obra de Bordalo Pinheiro, bem como taças ou jarrões em pedestais.
Para concretizar o plano, a Câmara irá activar as fontes existentes e criar um novo projecto de iluminação para o jardim, localizado no Campo Grande.
ROC.
Lusa/fim
O QUE NÃO SE FAZ NAS CALDAS PELOS NOSSAS MARCAS DE IDENTIDADE,
LISBOA FAZ ! ORA TOMA !

FALTA À REUNIÃO,COMENTA NA IMPRENSA !


Caldas da Rainha, Leiria, 18 Mai (Lusa) - O presidente da Câmara, Fernando Costa (PSD) refuta as acusações considerando que “a câmara é um todo” e a revista espelha “as decisões votadas por todo o executivo, incluindo os vereadores socialistas”.
“Na Câmara não há vereadores por partidos” sustenta ao autarca. “São eleitos por um partido, mas depois de eleitos, são parte de um executivo onde as decisões são de todos os que nelas participam”, explica.


A espantosa perspectiva de União Nacional do Dr.Fernando Costa pós eleições confunde a defesa do interesse municipal com a anulação dos partidos políticos. Não os partidos mantêm-se, mas devem ter semprese presente o interesse dos cidadãos, das populações e do município, coisa que nem sempre está presente na gestão do Dr.Fernando Costa como o atesta as cedências à FDO e outras situações em que a obscuridade ocupa o espaço da transparência. "As decisões são de todos os que nelas participam" é por isso que há mais de um ano que os Vereadores do PS não votam projectos de urbanismo.Porque não rigor, transparência e fiabilidade nas deliberações do Município.


Fernando Costa esclarece ainda que, “para além do editorial”, assinado pelo presidente, “não há nenhum artigo assinado nem por vereadores do PS nem por vereadores do PSD”.
Para o autarca, a haver um espaço para o PS, “teria que haver também para os vereadores do PSD, para os presidentes de junta e para os 38 membros da Assembleia Municipal”. Ou seja, acrescenta, “deixava de ser a revista municipal a passava a ser a revista dos senhores autarcas”.


Pode o Dr.Fernando Costa dizer o que muito bem lhe apetecer que a verdade é só uma, a Revista Municipal só reflecte a perspectiva da maioria PSD, não é representativa do pluralismo da composição do órgão executivo do município. É certo que o Dr.Fernando Costa tem uma perspectiva eucaliptal da vivência democrática nas Caldas da Rainha, tenta pescar em todos os sectores e áreas da intervenção político-partidária, mas tem de ter presente que há mais vida para além da teia de interesses da gestão municipal, da manutenção dos equilíbrios, da política do cunha, do jeito ou do jeitinho.


O presidente recorda que os socialistas “recusaram aceitar pelouros” ou “cargos em representação da Câmara” e "se lhes peço artigos para a revista ainda me dizem que a câmara não lhes paga isso”, ironiza.


O PS recusou, e bem pelouros rudículos de representação em Lisboa junto do Governo e recusaria qualquer outro porque as perspectivas políticas, o modelo de gestão e prática política são incompatíveis. Ridículo é falar em atribuição de Pelouros quando os próprios Vereadores do PSD não têm autonomia para decidir quase nada, para dar um passo mais largo ou desenvolverem uma estratégia política com autonomia. Como ridícula é a falta de articulação entre a maioria, letargia de funcionarem ao sabor da vontade de um homem só que tudo pode.

Ridículo é ironizar com coisas sérias como se quisesse impôr o seu próprio modelo de motivação em função de interesses à forma como os outros encaram a participação política ou cívica. A nós, não nos surge um brilhosinho nos olhos quando falamos de transaccionar terrenos, de preço por metro quadrado ou de permutar terrenos. A nós, sairemos no final do mandato com o mesmo património com que tínhamos quando o iniciámos, com a serenidade de nunca ter privilegiado o interesse privado em detrimento do público e com a consiência de ter dado o melhor para cumprir o mandato que os Caldenses nos conferiram, com o perfil e a força que entnderam.


Mas, se ERC entender “dar-lhes razão”, Fernando Costa promete aceitar "a participação deles na revista” apesar de considerar o formato actual “isento, apartidário” e “representativo do trabalho de todos”.

Que democrata! A iniciativa destina-se a assegurar que a oposição, seja ela qual for, possa ter um espaço no Boletim Municipal para afirmar as suas convicções , propostas e as suas iniciativas. Destina-se a assegurar o reconhecimento de um direito de oposição que a Democracia formal do Dr.Costa não conseguiu ver e já não vai ver.
DYA.
Lusa/Fim

REUNIÃO DE 18 DE MAIO DE 2009


PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA

DO DESRESPEITO PELA DIVERSIDADE DA COMPOSIÇÃO DO EXECUTIVO CAMARÁRIO: O CASO DA REVISTA MUNICIPAL.


Os Vereadores do Partido Socialista suscitaram a questão da Revista Municipal Caldas da Rainha, lançada por ocasião do 15 Maio de 2009, Feriado Municipal, ser, mais uma vez, totalmente omissa em relação às suas intervenções, propostas e participação nas reuniões do Executivo Municipal. A Revista Municipal, com uma tiragem de 15.000 exemplares, com o depósito legal 2111238/05 e distribuição gratuita, contém um Editorial do Presidente da Câmara Municipal, sendo a restante organização da publicação apresentada com “Acção Social”, “Biblioteca”, “Desporto”, “Educação”, “Juventude e desenvolvimento económico”, “Planeamento e urbanismo” e “ Turismo e verão”.
Para os Vereadores do PS, a inexistência de um espaço na Revista que dê expressão à sua intervenção nas reuniões de Câmara Municipal, transforma a publicação municipal, paga com verbas do erário público, numa edição parcial, não representativa da pluralidade da composição do órgão executivo do município. Aliás, a Revista Municipal é omissa em relação aos Vereadores sem Pelouros e à Assembleia Municipal, órgão deliberativo.
Neste contexto, os Vereadores do PS, não tendo em três anos de mandato conseguido que a publicação municipal consagrasse um espaço destinado a dar expressão ao trabalho dos Vereadores sem Pelouro (2 eleitos pelo PS), anunciam que durante a presente semana apresentarão uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sobre a situação da Revista Municipal Caldas da Rainha Maio/09. A iniciativa, junto da ERC, terá como objectivo a clarificação, para futuro, dos Direitos dos Vereadores da Oposição numa publicação municipal com periodicidade anual, de forma a assegurar que a Revista Municipal seja efectivamente representativa da composição política do órgão executivo do município. De igual modo, pretende-se clarificar se, havendo direito a um espaço na publicação, como poderá ser definida a extensão dessa participação e os contornos da mesma em termos de conteúdo.
Os Vereadores do PS sublinharam ainda o facto de mais uma situação de exclusão da Revista Municipal ter sido complementada este ano pela dispensa de participação de parte da Vereação da Sessão Solene de atribuição das Medalhas do Município, realizada na passada Sexta-Feira, no Centro Cultural e de Congresso, sem qualquer ponderação prévia.

O ESTADO DA ESTRADA DO COQUEIRO ENTRE OS CASAIS DE SANTA HELENA E A-DOS-FRANCOS

Os Vereadores do PS solicitaram intervenção dos serviços municipais na solução de um ponto de depósito de detritos à beira da Estrada do Coqueiro, entre as localidades dos Casais de Santa Helena e A-dos-Francos. Para os Vereadores do PS, a Estrada do Coqueiro é uma das mais belas estradas do Concelho, não sendo aceitável que uma via com beleza própria que nos remete para um ambiente sintrense e com uma excelente vista da paisagem da Freguesia de A-dos-Francos e da Freguesia do Landal, possa ter a meio do seu percurso um espaço onde estão a ser colocados lixos decorrentes do desenvolvimento de actividades de natureza diversa.

DA PERSISTÊNCIA DE UMA SOLUÇÃO DE HABITAÇÃO SOCIAL PROVISÓRIA NA FREGUESIA DO LANDAL, DESDE O INÍCIO DE 2006

A Câmara Municipal das Caldas instalou, em 2006, um contentor-residência num terreno onde ardeu a casa de uma família carenciada em Casal Neves (Landal). O fogo, que aconteceu a 3 de Janeiro de 2006, destruiu por completo a habitação que já tinha mais de 100 anos. Devido às suas dificuldades económicas, a família tinha sido hospedada temporariamente numa pensão das Caldas, a expensas da Câmara e da Segurança Social, e estava a tomar as suas refeições na Santa Casa da Misericórdia. A família foi instalada ”temporariamente” num contentor-residência com dois quartos e casa de banho até à reconstrução da casa. A família recebeu também outros apoios, nomeadamente vestuário e alimentação, dado que perderam todos os seus haveres no incêndio. Segundo a autarquia, a situação deste agregado familiar já era acompanhada pelos serviços sociais locais no âmbito de vários programas de inserção, nomeadamente o jovem que não frequenta a escola. Por isso foi encaminhado para um curso de formação profissional com direito a bolsa de formação, que também acabou por abandonar, não obstante a insistência dos técnicos.
Em 21 de Julho de 2007, os Vereadores do PS suscitaram a situação de, mais de um ano após a solução do contentor-residência, permanecer uma solução social provisória que vincula directamente a Câmara Municipal de Caldas da Rainha, sem a consolidação de uma solução final de habitação para os cidadãos afectados.
Decorridos mais de três anos sobre a solução do contentor-residência, conscientes da complexidade social dos mecanismos de integração dos cidadãos em causa, os Vereadores do PS relembram que, pela avaliação no local da situação, o problema da habitação permanece por resolver. Nesse contexto, solicitam informações sobre as razões que determinaram que o carácter provisório da solução se transforme pelo tempo em definitivo.

DA AUSÊNCIA DE SINALIZAÇÃO DO MONUMENTO DO “ARCO DA MEMÓRIA”

O Arco da Memória, segundo a lenda, imortaliza uma das passagens da História Portuguesa. Este é um dos monumentos mais curiosos da Região, sendo, no entanto, pouco conhecido.
Conta-se que D. Afonso Henriques, na sua campanha de conquista a Santarém, subiu a uma colina de onde conseguiu ver as muralhas do castelo que se propunha conquistar aos Mouros. Virando-se para Frei Bernardo, que o seguia, prometeu dar aos Monges de Cister as terras que se avistavam até ao mar, se conseguisse desalojar os mouros do Castelo de Santarém. E assim foi cumprida a promessa, dando origem aos Coutos de Alcobaça, dos quais fez parte o local onde existe o monumento, hoje pertença da freguesia de Vidais.
Inicialmente, o monumento não era mais que uma estátua em homenagem ao monarca conquistador. Mais tarde, foi construído o arco que suportou a estátua. Em 1912 a fúria republicana destruiu o monumento. Apenas em 1981, com o contributo da população, foi feita a reconstrução do Arco, embora sem a estátua, que fora levada para Leiria.
Os Vereadores do PS defenderam a necessidade de o monumento “Arco da Memória” estar devidamente identificado na estrada, pois actualmente, apenas é mencionado com sinalética o perigo de entra e saída de veículos pesados a seguir ao local.

DA NECESSIDADE DE LIMPEZA DAS RIBEIRAS

As ribeiras e rios que atravessam o concelho, em especial o Rio Tornada e o Rio da Cal, encontram-se em avançado estado de assoreamento, com depósito de lamas e outros detritos, na maioria das situações contaminados pelos efluentes domésticos e suinícolas que durante anos os percorreram. A limpeza das margens e o desassoreamento do leito das ribeiras do concelho é por isso uma intervenção que urge ser feita, na defesa da qualidade de vida das populações e da preservação do meio ribeirinho.
Os vereadores do Partido Socialista alertaram para a necessidade da autarquia promover os contactos necessários com a Autoridade de Bacia Hidrográfica, a ARH Tejo, no sentido de se encontrarem as soluções para uma intervenção integrada neste domínio, no âmbito dos financiamentos do QREN.


Os Vereadores do PS
António Galamba
Maria de Jesus Fernandes

quinta-feira, maio 14, 2009

Pergunta ao Governo sobre a Lagoa de Óbidos e a Praia da Foz do Arelho


Decorridos vários meses sem que as dinâmicas da natureza ou a intervenção humana tenham reposto as condições de usufruto do espaço balnear da Praia da Foz do Arelho (Lagoa e Mar), esta última novamente galardoada com a Bandeira Azul, persiste a preocupação sobre o estado de degradação atingido. A possibilidade de perturbação da época balnear, com bloqueios ao normal acesso à praia da Foz do Arelho (Lagoa e mar) pelos milhares de cidadãos que a procuram e a transformam numa das principais referências turísticas do Pólo de Desenvolvimento Turismo do Oeste, seria uma situação muito grave para a economia local e para a afirmação da região.
Desde o início o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, através do Instituto Nacional da Água, com a colaboração do LNEC, tem estado em contacto com a Junta de Freguesia da Foz do Arelho e com a Câmara Municipal de Caldas da Rainha para acompanhar a evolução da situação e estabelecer as soluções ambientais e sociais mais adequadas. Foi com esse espírito que foi entendido, em reunião com os autarcas, que uma intervenção de emergência de colocação de sacos de areia só seria activada em caso de situação crítica. Essa proposta, preparada em conjunto com as Águas do Oeste, de acordo com parecer do LNEC, a ser concretizada teria fortes impactos na época balnear, embora salvaguardasse a estrutura do emissor submarino.
Ao longo do processo foram estabelecidos mecanismos de monitorização da situação e calendários, conhecidos dos autarcas locais, que têm estado a ser cumpridos.
Relativamente à possível intervenção na aberta da Lagoa, ficou definido em Dezembro/Janeiro, que o LNEC em Maio elaboraria uma nota técnica sobre a eventual intervenção de acordo com os resultados da monitorização que é feita semanalmente, admitindo-se a possibilidade de, antes do verão, concretizar uma eventual intervenção de reposicionamento da aberta, se tecnicamente e ambientalmente for possível.
Em declarações ao Diário de Leiria, o Senhor Presidente de Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Fernando Costa, alerta para o risco de a aberta fechar e provocar a morte de toneladas de peixe e marisco, afirmando que “ Começo a acreditar que é preciso uma catástrofe para o INAG e o Ministério do Ambiente virem a correr intervir na Lagoa…Não quero acredita que o INAG me ande a enganar.”.
As legítimas preocupações sobre a sustentabilidade ambiental da Lagoa de Óbidos e sobre normalização do areal na Praia da Foz do Arelho são incompatíveis com afirmações públicas de aparente desconhecimento dos calendários estabelecidos, a menos que decorram do facto do Senhor Presidente da Câmara, à semelhança do que acontece na relação institucional do município com outras entidades, se fazer representar por um Vogal dos Serviços Municipalizados que não lhe transmitiu toda a informação.
As legítimas preocupações sobre o estado da Lagoa de Óbidos e do areal da Praia da Foz do Arelho são moralmente incompatíveis com a atitude passiva de anos a fio de possibilitar descargas de esgotos domésticos para o espelho de água; de aumentar a pressão urbanística sobre a Lagoa e de não requalificar a zona envolvente à Lagoa.
As legítimas preocupações com a situação da Lagoa de Óbidos e da Praia da Foz do Arelho não são compatíveis com psedo-alertas ou desafios a forças políticas por Comissões que, resignadas com os pontos de degradação ambiental da responsabilidade da Câmara Municipal, resolvem aliviar a pressão sobre a Autarquia direccionando-se, por conveniência para a gestão municipal, para o Governo.
Face ao exposto, considerando as afirmações populistas do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, mas tendo presente que o essencial é a resolução dos problemas de curto prazo e das debilidades estruturais da Lagoa de Óbidos,nos termos regimentais e constitucionais, pergunta-se ao MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL o seguinte:
1) nas reuniões que o INAG tem realizado nas Caldas da Rainha quem tem estado presente em representação do Município ?
2) nas referidas reuniões e nos contactos posteriores não tem ficado clarificado o calendário das potenciais intervenções de emergência para superar o problema da deslocação da “Aberta” e da tradicional configuração do areal da praia da Lagoa e da praia de Mar da Foz do Arelho ? Não ficou claro que ter-se-ia que aguardar por Maio para avaliar a dinâmica da “Aberta” face às marés vivas previstas ?
3) em que momento, por quem e com que contornos foi formulado o pedido para que as “Câmaras de Caldas e de Óbidos fizessem por ajuste directo pequenas dragagens” ?
4) qual a avaliação da situação da Lagoa de Óbidos e das Praias da Foz do Arelho ?
5) que medidas e quando serão concretizadas as intervenções necessárias à reposição das condições básicas de sustentabilidade ambiental da Lagoa e de utilização do território balnear das Praias da Foz do Arelho ?
Deputado António Galamba