segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Reunião de 23 de Fevereiro de 2009


PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA


BLOCO HABITACIONAL DA ERGUIGEST


Os Vereadores do Partido Socialista solicitaram informações sobre a construção do bloco habitacional da Erguigest junto ao Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha, na sequência de informações prestadas, em tempos, pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal sobre alegadas negociações com o promotor para reduzir a volumetria dos edifícios.
Os Vereadores do PS sempre estiveram contra a implantação de habitação naquela localização após o abandono do projecto de construção da Sede da Caixa de Crédito Agrícola de Caldas da Rainha e de Óbidos, tendo chegado a defender a implantação de um equipamento hoteleiro que permitisse o pleno aproveitamento das valências de centro de congressos do CCC.
A maioria PSD aprovou o projecto urbanístico em construção. Confrontada com a volumetria da urbanização, com as críticas dos cidadãos e com o impacto do projecto no território do Centro Cultural e de Congressos, foi suscitada a possibilidade de ser negociada com o promotor uma redução de pisos.

DA AQUISIÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL DA SECLA


Por proposta do Senhor Presidente, a Câmara das Caldas da Rainha aprovou na reunião de 16 de Fevereiro de 2009, adquirir um conjunto de peças cerâmicas e outro espólio patrimonial de relevância cultural da cerâmica SECLA- núcleo expositivo-, encerrada em finais de Junho de 2008, pela quantia de 300 mil euros.
Os Vereadores do PS, confrontados com a urgência e oportunidade da aquisição, manifestaram o seu acordo de princípio à aquisição do espólio da SECLA para preservação de um importante elemento da memória histórica de Caldas da Rainha,e da História Cerâmica de Portugal, através de uma instalação museológica nas instalações da Fábrica, nas imediações do Hotel Lisbonense.
Segundo o Senhor Presidente da Câmara Municipal vão-se “ adquirir os moldes, os instrumentos de fabrico antigos e com interesse museológico, todas as peças que constam no museu da fábrica, um lote de 300 peças da última fase da sua elaboração que potenciam interesse museológico, todos os painéis artísticos e obras da fábrica e todo o mobiliário de exposição “.
Na segunda metade do século XX, "passaram pela Secla grandes artistas, desde pintores e escultores, como José Aurélio e Ferreira da Silva", cujas obras se pretende agora preservar.
A Secla, que produziu cerâmica utilitária e decorativa, foi a maior fábrica de cerâmica das Caldas da Rainha e chegou a comercializar peças únicas desenhadas por Júlio Pomar e António Quadros, apostando na inovação e design.
Tendo sido detectado que, para além do espólio difusamente enunciado na proposta verbal apresentada e aprovada, há um outro conjunto de grande valor patrimonial e cultural para o objectivo de preservação da produção artística cerâmica, os vereadores do PS questionaram o executivo sobre o ponto de situação da aquisição.
O processo de aquisição do espólio da SECLA revela, uma vez mais, as debilidades dos processos de deliberação da maioria que, invocando a urgência e oportunidade, nunca procede à adequada avaliação das situações em causa.
Os Vereadores do PS, concordando com a aquisição do espólio patrimonial da SECLA, sublinharam a necessidade do Município também olhar para os projectos que ainda funcionam, que preservam a tradição cerâmica das Caldas da Rainha, que estão em laboração e que mantêm postos de trabalho.


António Galamba

Nicolau Borges

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