segunda-feira, maio 18, 2009

FALTA À REUNIÃO,COMENTA NA IMPRENSA !


Caldas da Rainha, Leiria, 18 Mai (Lusa) - O presidente da Câmara, Fernando Costa (PSD) refuta as acusações considerando que “a câmara é um todo” e a revista espelha “as decisões votadas por todo o executivo, incluindo os vereadores socialistas”.
“Na Câmara não há vereadores por partidos” sustenta ao autarca. “São eleitos por um partido, mas depois de eleitos, são parte de um executivo onde as decisões são de todos os que nelas participam”, explica.


A espantosa perspectiva de União Nacional do Dr.Fernando Costa pós eleições confunde a defesa do interesse municipal com a anulação dos partidos políticos. Não os partidos mantêm-se, mas devem ter semprese presente o interesse dos cidadãos, das populações e do município, coisa que nem sempre está presente na gestão do Dr.Fernando Costa como o atesta as cedências à FDO e outras situações em que a obscuridade ocupa o espaço da transparência. "As decisões são de todos os que nelas participam" é por isso que há mais de um ano que os Vereadores do PS não votam projectos de urbanismo.Porque não rigor, transparência e fiabilidade nas deliberações do Município.


Fernando Costa esclarece ainda que, “para além do editorial”, assinado pelo presidente, “não há nenhum artigo assinado nem por vereadores do PS nem por vereadores do PSD”.
Para o autarca, a haver um espaço para o PS, “teria que haver também para os vereadores do PSD, para os presidentes de junta e para os 38 membros da Assembleia Municipal”. Ou seja, acrescenta, “deixava de ser a revista municipal a passava a ser a revista dos senhores autarcas”.


Pode o Dr.Fernando Costa dizer o que muito bem lhe apetecer que a verdade é só uma, a Revista Municipal só reflecte a perspectiva da maioria PSD, não é representativa do pluralismo da composição do órgão executivo do município. É certo que o Dr.Fernando Costa tem uma perspectiva eucaliptal da vivência democrática nas Caldas da Rainha, tenta pescar em todos os sectores e áreas da intervenção político-partidária, mas tem de ter presente que há mais vida para além da teia de interesses da gestão municipal, da manutenção dos equilíbrios, da política do cunha, do jeito ou do jeitinho.


O presidente recorda que os socialistas “recusaram aceitar pelouros” ou “cargos em representação da Câmara” e "se lhes peço artigos para a revista ainda me dizem que a câmara não lhes paga isso”, ironiza.


O PS recusou, e bem pelouros rudículos de representação em Lisboa junto do Governo e recusaria qualquer outro porque as perspectivas políticas, o modelo de gestão e prática política são incompatíveis. Ridículo é falar em atribuição de Pelouros quando os próprios Vereadores do PSD não têm autonomia para decidir quase nada, para dar um passo mais largo ou desenvolverem uma estratégia política com autonomia. Como ridícula é a falta de articulação entre a maioria, letargia de funcionarem ao sabor da vontade de um homem só que tudo pode.

Ridículo é ironizar com coisas sérias como se quisesse impôr o seu próprio modelo de motivação em função de interesses à forma como os outros encaram a participação política ou cívica. A nós, não nos surge um brilhosinho nos olhos quando falamos de transaccionar terrenos, de preço por metro quadrado ou de permutar terrenos. A nós, sairemos no final do mandato com o mesmo património com que tínhamos quando o iniciámos, com a serenidade de nunca ter privilegiado o interesse privado em detrimento do público e com a consiência de ter dado o melhor para cumprir o mandato que os Caldenses nos conferiram, com o perfil e a força que entnderam.


Mas, se ERC entender “dar-lhes razão”, Fernando Costa promete aceitar "a participação deles na revista” apesar de considerar o formato actual “isento, apartidário” e “representativo do trabalho de todos”.

Que democrata! A iniciativa destina-se a assegurar que a oposição, seja ela qual for, possa ter um espaço no Boletim Municipal para afirmar as suas convicções , propostas e as suas iniciativas. Destina-se a assegurar o reconhecimento de um direito de oposição que a Democracia formal do Dr.Costa não conseguiu ver e já não vai ver.
DYA.
Lusa/Fim

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