quarta-feira, janeiro 09, 2008

Do "chicoespertismo" do Senhor Presidente da Câmara de Alcobaça a propósito do Hospital Oeste Norte


O chicoespertismo do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça reflecte um certo tipo de gestão autárquica ultrapassada, ligeira e inaceitável. Há meses que se fala de um estudo da Escola de Saúde do Porto que aponta para a construção de um novo Hopsital a Norte do Oeste para servir os Municípios de Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha e Alcobaça. Um Estudo que aponta para uma hipótese de localização em Alfazeirão , sem fundamentar e com erros e omissões graves, como aquela de ignorar que está prevista a construção de cerca de 14.000 fogos em empreendimentos turísticos em Óbidos e nas Caldas. Com o conhecimento do estudo, o Senhor Presidente da Câmara de Alcobaça procura condicionar a opinião pública e o decisor político, equecendo-se que, à semelhança do que ocorre na sua Câmara, os estudos são contributos para a decisão, não são a decisão em si mesmo. É por isso um despudorado chicoespertismo dar informações à Comunicação Social como se a decisão da localização do Hospital fosse a proposta no estudo.....


Notícia da Agência Lusa


O presidente da Câmara de Alcobaça (PSD) congratulou-se hoje com a proposta de construção do novo hospital Oeste-Norte no seu concelho afirmando que a proposta, que consta de um estudo entregue ao Ministério da Saúde, beneficia a região. A construção de um hospital no concelho de Alcobaça, junto à auto-estrada A8 (Lisboa/Leiria), é a solução defendida para a melhoria da capacidade hospitalar da zona Oeste-Norte, segundo um estudo da Escola de Gestão do Porto efectuado a pedido da tutela. "A região tem a ganhar com um hospital que fica a 1600 metros do nó da auto-estrada A8, via que é o eixo de ligação de todo o Oeste, e situado já na fronteira com Caldas da Rainha", disse à Lusa o autarca Gonçalves Sapinho. O presidente da Câmara adiantou que apresentou uma proposta ao coordenador do estudo, Daniel Bessa, "de um terreno que não necessita de escavações a não ser que pretendam construir um parque de estacionamento subterrâneo". "se o Ministério da Saúde entender o terreno será cedido, e se entender que deve ser estabelecida uma parceria a autarquia estará aberta a negociar", disse Gonçalves Sapinho. Contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo concorda com a sugestão do estudo mas o presidente da ARSLVT, António Branco, disse que "não é um assunto fechado", podendo vir a ser construído no concelho de Alcobaça ou no de Caldas da Rainha. No estudo a que a Lusa teve acesso é referido que a questão da localização se revelou "difícil de resolver" com as duas Câmaras Municipais - Alcobaça e Caldas da Rainha - "a esgrimirem argumentos em favor da localização no seu concelho". A equipa responsável pelo documento "viu-se confrontada com a disponibilidade de dois terrenos de dimensões idênticas (11 e 13 hectares)". E considerou a localização de Alcobaça "excelente" por se situar, "a poucas centenas de metros do nó da A8 e a cerca de 3,5 quilómetros de um centro populacional de alguma dimensão e importância turística: a freguesia de S. Martinho do Porto". Segundo o estudo é sugerido que se construa um hospital médico-cirúrgico com capacidade para 200 camas.

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