quarta-feira, janeiro 09, 2008

Ainda o estudo que propõe uma localização para o Hospital Oeste Norte


Segundo as informações disponíveis, os cenários evolutivos traçados pelo estudo omitem o impacto demográfico dos investimentos turísticos previstos para a Região Oeste, em especial, os do território designado de Oeste Norte (Bombarral,Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha, Rio Maior, Alcobaça e Nazaré):1.1 Óbidos- Quinta do Bom Sucesso 3.362 camas1.2 Óbidos- Pérola da Lagoa 456 camas1.3 Óbidos-Quintas de Óbidos 950 camas1.4 Óbidos- Royal Golf & SPA 2.500 camas1.5 Caldas da Rainha-Rainha Golf & SPA 4.642 camas1.6 Óbidos-Falésia D’El Rey 3.081 camas14.991 camasO Plano Estratégico Nacional do Turismo, aprovado pelo Governo, considerou a Região Oeste como um dos cinco territórios prioritários, com particulares potencialidades para “Golf Resorts” com hotéis de 4 e 5 estrelas e turismo residencial. Ninguém compreenderá, podendo ser lesivo da imagem e da estratégia de desenvolvimento, que a Região não disponha de equipamentos de saúde para corresponder às necessidades dos residentes e dos turistas.

O Município de Caldas da Rainha é, no norte da Região Oeste, o município com maior crescimento da população residente (entre 1981 e 2001 a população cresceu 19,08%).O Hospital Distrital de Caldas da Rainha:»» assiste 5% (3.812) de urgências de utentes residentes em Alcobaça, tantos como os que são oriundos de fora do Distrito (3.724);»» atende 6% (3.406) de consultas externas de utentes residentes em Alcobaça.O maior número de população residente de Alcobaça (55.376) contra a das Caldas (48.846) é esbatido pelos fluxos de utentes de Alcobaça tratados no Hospital Distrital de Caldas da Rainha.
Num contexto marcado por impasses :. o processo de relançamento do termalismo (nova concessão) tarda em ter o impulso que o torne irreversível e calendarizado;. o Hospital Termal Rainha D. Leonor precisa de intervenção que potencie o seu funcionamento pleno;. o Centro de Saúde de Caldas da Rainha desespera por uma ampliação que crie melhores condições de funcionamento e possibilite a concentração dos serviços de Saúde Pública no edifício sede;. as unidades de saúde locais de Tornada e da Benedita introduziram factores de perturbação em matéria de acessibilidades e de deslocação de médicos de algumas das 13 extensões de saúde, embora com bons resultados na prestação dos cuidados de saúde primários.

A eventual solução de construção de um novo hospital para o Oeste Norte, em Alfeizerão, no concelho de Alcobaça, resolvida a questão prévia da sustentabilidade financeira do projecto e a assegurada a prestação de cuidados de saúde a uma população crescente, não é aceitável para o Município de Caldas da Rainha. A defesa da solução de construção do novo hospital do Oeste Norte em Alfeizerão, Alcobaça, surge como uma espécie de compensação pelo encerramento do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira. A desactivação do Hospital de Caldas da Rainha produz um impacto negativo muito mais significativo na cidade do que o encerramento do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira em Alcobaça, desde logo porque estamos a falar de um universo de 774 colaboradores nas Caldas contra 225 em Alcobaça.

A opção da construção do Novo Hospital Oeste Norte nas Caldas da Rainha é:

- A mais central no contexto dos seis municípios do designado Oeste Norte;

- A mais próxima da maior concentração de empreendimentos turísticos, concentrados em Óbidos e Caldas da Rainha;

- A localização no concelho com maior índice de crescimento demográfico do Oeste Norte;

- a mais próxima do eixo da A15 Óbidos-Santarém, onde nos municípios de Rio Maior e Azambuja, a Norte do Aeroporto da Ota, será construído o maior complexo de Golfe da Europa (4500 hectares);

- a que tem melhor enquadramento urbano, melhores acessibilidades e transportes; melhor enquadramento em meios complementares de saúde; melhor ligação com o meio envolvente tendo em conta a vocação termal e a existência de um Pólo da Universidade Católica com cursos de biotecnologia.”.

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