terça-feira, junho 05, 2007

Águas pouco profundas

Em águas pouco profundas não é necessário lançar tinta preta, pode, e, neste caso é mesmo laranja.Em águas pouco profundas, tudo é feito com o maior descaramento político possível.
Neste mar, de águas pouco profundas, desalojam-se todas as espécies que manifestem vontade própria de autonomia política e de participação cívica.É preocupante, por isso, o déficit de cidadania verificável neste conselho de águas pouco profundas.Tudo vale para conseguir mais uns votos, tudo é passível de ser reciclado em laranja, desde que garanta mais uns votos.
A estratégia do polvo é a de silenciar, alaranjando, seduzir, alaranjando, oferecendo sempre pouco, porque a cultura dominante assim o obriga. Pouco de cada vez e sempre de forma mitigada.Ele vale tudo: associações, juntas, serviços, tudo é bem sortido em tons de laranja simplificada, para que a pintura não se esborrate.Por aqui, por este mar de águas pouco profundas, a cor laranja domina, com a sua observância tentacular e visão monocromática, sempre em tons de laranja saturada.
Como se recicla este jugo tentacular?
Será que aqui funcionará o imperativo categórico do ciclo histórico?Será que este ciclo será de longa duração?Ou será que podemos alimentar a esperança de que toda a tentação totalitária e domínio uni-pessoal (Um Homem, uma Visão, um Conselho), será vencida e haveremos de assistir ao triunfo da cidadania vivida e construída na plenitude democrática?
A resposta também é sua!!!

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