Encruzilhada
A um ano de novas eleições para a escolha do próximo presidente da Câmara Municipal das Caldas nada mudou na gestão da autarquia caldense. Os problemas de há três anos mantêm-se, tendo muitos deles terem visto agravadas as suas desfuncionalidades.
A única novidade é a constatação/confirmação da inexistência de capacidade de gestão dos equipamentos municipais que deveriam estar ao serviço da comunidade. São muitos os exemplos e todos eles a verem a sua situação a agravar-se ano após ano: veja-se o caso das piscinas municipais das Caldas, as piscinas de A-dos-Francos e de Santa Catarina, para já não falar da gravosa, senão danosa, gestão do processo de construção da Piscina de Salir do Porto.
Repare-se também nos processos concursais da construção do parque de estacionamento da Av. Heróis da Independência e o da passagem inferior do Largo do Vacum, em incomodativos e incompetentes processos de morosidade extrema, possivelmente a pensar na sua conclusão bem próximo do próximo acto eleitoral.
Veja-se o caso e processo folhetinesco da reconstrução do Hotel Lisbonense, as alterações sistemáticas ao processo, num claro favorecimento dos interesses da FDO, nomeadamente no que diz respeito às contrapartidas inicialmente acordadas e aquelas que na realidade irão ser realizadas, ou seja, nenhumas (falamos da requalificação dos acessos ao Centro Histórico a partir do Lisbonense). Para já não falar do Hotel Lisbonense, a sua ruína e a alteração ao seu projecto de restauro.
E que dizer do funcionamento do CCC? Onde impera a irregularidade, confusão na biética e no seu funcionamento, para já não falar da indigência que é ver o tipo de carrinha é utilizada na divulgação dos seus eventos ou a permanência de publicidade à sua programação meses depois da mesma ter ocorrido, nomeadamente em locais como a A8.
E que dizer do estado actual de funcionamento do Departamento de Urbanismo dos serviços camarários, sem Chefe de Departamento e com o agravamento das condições de trabalho reflectidas na diminuição acentuada de projectos aprovados.
E a qualidade urbanística das novas urbanizações, as quais, ao invés de servirem de modelo à personalização arquitectónica e urbanística das Caldas, nascem enviesadas, com fachadas inteiras “cegas” e sem qualquer lógica urbanística afirmativa.
E as oportunidades perdidas? Uma estratégia comum para a gestão do território confinante com o Município de Óbidos, nomeadamente na salvaguarda da Lagoa de Óbidos, na criação de corredores criativos, na animação turística e cultural, na afirmação do Ensino Superior e tantos outros projectos que deveriam ser assumidos comummente.
Decididamente não é este o Município que queremos nem defendemos, a um ano do final de mandato.
Urge pois escolher bem o caminho, perante esta encruzilhada, no momento de decidirmos qual a via que vamos trilhar daqui por um ano.
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