quinta-feira, dezembro 27, 2007

O Presépio PAM

Discurso arrebatado em campanha pela sucessão. Jantar de natal dos autarcas, no Cortiço, como habitualmente. Cortiço cheio de autarcas e ex-autarcas, numa alegre e natalícia confraternização. Corria bem o jantar com todos os convivas imbuídos no espírito de Natal. Corria o jantar para o seu final, rumo ao momento dos discursos, de desejos de boas-festas, como não podia deixar de ser. Discursos que se queriam e desejavam apolíticos, de circunstância, mas não o foram. Logo a começar pelos presidentes das juntas de freguesia, que aproveitaram a oportunidade pública para pedirem ao “pai natal” Fernando Costa, mais verbas para as juntas, mais investimento e mais atenção da Câmara para os problemas das juntas e o reforço de verbas para os seus magros orçamentos. Criou-se uma unanimidade com base na mão estendida ao sr. Presidente. Nada de mais, tem sido habitual este pedido natalício nos últimos jantares natalícios a que temos assistido. Normal numa Câmara em que o seu presidente gere o orçamento de forma górdia sem a participação e a audição dos presidentes das juntas de freguesia.
Seguiram-se os representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal. Com respeito e a moderação natalícia adequada, até ao discurso do representante do PSD, com um discurso empolado e mais parecido com um discurso de campanha eleitoral, mas, ainda assim, dentro dos parâmetros socialmente aceitáveis.
O que se seguiu é que foi de espantar. O Sr. Presidente da Assembleia Municipal aceitou o repto do discurso empolado do orador anterior e decidiu extremá-lo, talvez influenciado pelos vapores natalícios, inspirado vá-se lá saber em que musa, decidiu-se pela graça metafórica sem graça e sem metáfora, qual tesouro deprimente, intentando o insulto e a piada mais populacha, que ninguém percebeu e à qual ninguém achou graça nenhuma. Através do presépio tentou comparar as suas personagens com os actores políticos gestores dos destinos do Município caldense. O que resultou de tal metáfora foi a constatação de que o Sr. PAM, além de ser inoportuno, não ter graça absolutamente nenhuma, soube estragar o ambiente de convívio natalício que se estava a viver, mostrou alguma perturbação e desconhecimento sobre o significado do presépio e a falta de respeito pelas convicções de todos aqueles que acreditam na mensagem do presépio, da família e da epifania da época vivida.
Afinal não percebemos, quem é quem no presépio imaginado pelo sr. PAM, Herodes? Em que presépio? Só mesmo como memória de mais uma tesourinha deprimente….mais uma……a somar àquelas com que nos vai brindando na sua salomónica gestão política da AM, exemplar de soberania, justeza e cultura democrática.
Deu-nos vontade de apelar ao manifesto Anti – Dantas, dizendo-se PAM em vez de Pum, pois claro….



1 comentário:

Anónimo disse...

Não entendo nada dessa coisa do Pam mas gostei muito da prosa. Boas festas, meus caros amigos. Paulo Prudêncio.